domingo, 20 de dezembro de 2015

Belém: caos numa cidade engarrafada



DILSON PIMENTEL
Da Redação
Dirigir pelas ruas de Belém requer muita paciência. Excesso de veículos, falta de educação dos condutores, poucos agentes de trânsito. O resultado são engarrafamentos a todo momento e um bom tempo perdido dentro dos automóveis. “Sinto dor de cabeça, problema na coluna. Estresse, enfim”, diz Marco Antonio da Silva Araújo, 31 anos, dos quais cinco como motorista de ônibus. Diariamente, ele trafega pelo centro da cidade, até chegar ao final do itinerário, no bairro da Terra Firme.
Em média, passa sete horas por dia atrás do volante. Para o motorista, Belém é uma cidade engarrafada. E uma das razões, em sua opinião, são os estacionamentos irregulares. Condutores que param seus carros onde não deveriam, ocupando filas duplas, principalmente nos horários de entrada e saída das escolas. “E, nesses momentos, não tem um agente por perto para inibir isso”, afirmou. Segundo Marco Antonio, cada vez mais esse cenário vai piorando. “Há mais carros nas ruas. E poucas vias sinalizadas”, acrescentou ele, que começa a trabalhar às 5h45.
Entre os pontos críticos ele cita a avenida Presidente Vargas, a travessa Padre Eutíquio, em frente ao shopping, e, logo adiante, no cruzamento com a Gama Abreu. O taxista Carlos Alberto Rodrigues, 35 anos e 13 de profissão, diz que, a exemplo de outras grandes cidades, em Belém não é diferente em termos de engarrafamento. “É uma mistura de falta de educação com falta de fiscalização”, afirmou. Como áreas críticas, ele citou Entrocamento, São Brás, Nazaré, José Malcher, nos horários de pico - 7, 8 da manhã, 12 horas, final da tarde. Morador de Ananindeua, Carlos Alberto também mencionou a dificuldade para se transitar pela BR e Almirante Barroso.
Para amenizar essa rotina diária, o taxista defende a criação de novas vias e o prolongamento da avenida João Paulo II. Também afirma ser necessária uma maior conscientização dos condutores de veículos e a presença dos agentes de trânsito: “Principalmente nos horários de pico; e, quando está chovendo, a gente não vê guarda na rua. Muito difícil. Tem, ainda, falta de energia, queda de árvore, acidente de trânsito, tudo isso complica mais ainda”. Carlos Alberto afirmou que procura sair bem de sua casa. E, como faz faculdade à noite, só retorna para sua residência mais tarde também. “Volto 10, 11 da noite, quando o trânsito está mais tranquilo. Saio mais cedo e demoro mais para retornar para a minha casa”, afirmou.
Seu colega de profissão, Hildemar Júnior, 27 de idade e três como taxista, também defende que haja mais conscientização no trânsito. E sugere mais agentes para evitar o fechamento dos cruzamentos. Hildemar reclamou das filas duplas em frente às escolas. Ele também se queixou da sincronização do tempo dos semáforos. “Abre aqui e fecha na frente. Isso segura também um pouco (o trânsito)”, afirmou. Residindo perto do Aeroporto Internacional de Belém, ele afirmou sair mais cedo de sua casa, para tentar fugir um pouco do engarrafamento, e, como também estuda à noite, volta mais tarde para sua casa. “Volto em um horário mais tranquilo”, disse. Na hora do almoço, por exemplo, Hildemar diz que evita trafegar pela avenida José Malcher. Opta em seguir pelas vias transversais, “para fugir um pouco”. Além dos pontos já tradicionais de engarrafamento, outros acabam surgindo por causa das obras na cidade. Motoristas observam que, por causa das obras do BRT na Augusto Montenegro, surgiu um outro ponto crítico - o cruzamento das avenidas Tavares Bastos com Rodolfo Chermont. O sufoco começa na Tavares Bastos e vai até a rua da Marinha, principalmente à noite. (O Liberal/Pararijos NEWS)

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