sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Cicarelli deve receber R$ 250 mil do Google por vídeo de sexo

Ficou estipulada em R$ 250 mil a multa a ser paga pela Google Brasil à apresentadora Daniela Cicarelli pela replicação, no Youtube, do vídeo em que ela aparece fazendo sexo com o então namorado, Tato Malzoni, em praia espanhola. A quantia definida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) é substancialmente menor do que os R$ 100 milhões estimados antes do julgamento, ocorrido nesta terça-feira, 13. Pela decisão, Tato também receberá pagamento de valor idêntico.
RELEMBRE
As imagens de 2006, gravadas na praia, mostravam Cicarelli e seu então namorado, Tato Malzoni, em um clima acima do nível “impróprio para menores” dentro do mar. O vídeo, é claro, acabou viralizando rapidamente no Youtube. A ação movida pela ex-VJ da MTV vem então se arrastando por anos.
(Pararijos NEWS)
 (Adri Felden/Argosfoto)

Mulher queimada deve ter medida protetiva

Mulher queimada deve ter medida protetiva (Foto: Reprodução)
(Foto: Reprodução)
O Núcleo de Atendimento Especializado à Mulher Vítima de Violência Doméstica ou Familiar (NAEM) da Defensoria Pública do Estado, em conjunto com a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), protocolou nesta sexta-feira (16), pedidos de medidas protetivas de urgência em favor da dona de casa Marcionilde Sousa Freitas, de 32 anos, vítima de tentativa de feminicídio pelo marido, o autônomo Diógenes de Freitas Araújo, 34 anos, na véspera do Círio, no bairro do Sideral. 
Ela está internada no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência em estado grave, correndo risco de morte em razão de queimaduras de terceiro grau provocadas pela ação do companheiro, que utilizou um maçarico para agredir a vítima.
As medidas protetivas requeridas são o afastamento do autor da violência doméstica do convívio com a vítima; o afastamento também da criança, abalada psicologicamente com o episódio e a preservação do patrimônio familiar com o impedimento de venda de bens do casal ou saques de contas corrente ou poupança, já que a preocupação das defensoras públicas Clívia Croelhas e Verena Barros é que Diógenes lance mão de bens patrimoniais como alternativa ao pagamento de advogado. 
O quarto pedido é que a mãe da vítima, Maria de Lourdes Souza, 56 anos, seja a curadora da filha, atualmente em coma induzido, para administrar a casa e obrigações da família. Todas as medidas protetivas serão avaliadas pela juíza Rubilene Silva Rosário, da 1ª Vara de Violência Doméstica do Tribunal de Justiça do Estado do Pará. Lourdes confirmou o histórico de brigas do casal, cujas discussões teriam sido agravadas pela recente situação financeira de Diógenes, que estaria desempregado.
Clívia Croelhas declarou que ao NAEM interessa que o autor da violência permaneça preso até o fim da instrução criminal. Ela diz estar assombrada com o volume e gravidade de casos de violência contra a mulher, nesta que é sua primeira experiência em vara especializada. “Somente hoje tive contato com um caso de uma outra vítima que foi esfaqueada e está no Hospital Metropolitano, de um caso em que o homem foi preso na audiência e sua esposa, acolhida, porque não aceita o fim do relacionamento e este depoimento da mãe da Marcionilde”, enumerou.
(Pararijos NEWS/DOL com informações da Defensoria Públic

Vereadores de Breves são contrários a veto do Executivo





Hoje (16), no plenário da Câmara de Breves os vereadores, em sua maioria (12x1), foram contra o veto nº 018/2015 de autoria do Executivo local que torna obrigatório o uso de identificação em veículos da frota municipal. Para a maioria dos parlamentares a decisão foi má interpretada pelo jurídico da prefeitura. O veto agora retorna ao Poder Executivo.
Na foto vereador Walter Carneiro (PDT) contrário ao veto.
(Pararijos NEWS)


Exército expõe sistema de foguetes em Belém


Quem foi ao Portal da Amazônia ontem à noite pôde ver a exposição das viaturas que fazem parte do Exército Brasileiro e compõem o Astros 2020, um moderno sistema de foguetes de Artilharia para Saturação de Área. O sistema é composto de sete grandes viaturas, divididas em Comando e Controle de Grupo; Posto de Comando e Controle de Bateria; Lançadora Múltipla; Remuniciadora; Posto Meteorológico; Unidade Controladora de Fogos e; Oficina Veicular e Eletrônica.
Esta é a primeira vez que o sistema é exibido em Belém. Os caminhões saíram de Formosa, em Goiás, e passaram quatro dias em deslocamento terrestre. Do Pará, partem em missão para a fronteira do Amapá com a Guiana Francesa, com deslocamento fluvial.
O comandante Militar do Norte, general Oswaldo Ferreira, explicou que se trata de um sistema poderoso e importante para a artilharia brasileira de guerra. “Pela primeira vez está em Belém. Ano passado veio ao estado mas ficou em outra localidade. E hoje aproveitamos a passagem para mostrar à população. Agora o nosso desafio é ir para Macapá. Vamos até a linha de fronteira com a Guiana Francesa. Vamos mudar o modal terrestre para o fluvial. É um sistema poderoso em termos de potência de fogo. É um armamento muito utilizado em guerras. Eu posso dizer que é um sistema que merece ser conhecido. O Exército tem feito investimentos em seus projetos estratégicos. E um dos projetos é o Astros 2020. Que traz evolução no equipamento que tem papel muito interessante na arte da guerra”, explicou o general.
O comandante do 6º Grupo de Misseis e Foguetes, coronel Alexandre Melniski, explicou também que os foguetes para serem usados no Astros possuem características anti-pessoal, com efeito de sopro e estilhaçamento; anti-carro, com efeito perfurante em chapa de aço; além de serem usados para instrução e adestramento dos militares. Ele acrescentou que o sistema foi usado durante a Guerra do Golfo, na década de 1990, e hoje está mais moderno. “O Sistema Astros é um sistema de saturação de área. Sua missão é lançar uma grande quantidade de fogos em curto espaço de tempo. Então, pode lançar até 32 foguetes em 16 segundos para uma área extensa. Com essa capacidade, ele atinge uma grande área e neutraliza qualquer ameaça. E esse equipamento é mais moderno que o usado na Guerra do Golfo. Não existiam tantos avanços tecnológicos na época, mas mesmo assim o sistema teve destaque. E hoje em dia o Exército tem adquirido novas viaturas e mais equipamentos”, ressaltou o coronel.
O técnico em edificações Paulo André Santos, de 37 anos, sabia da exposição e levou o filho para o Portal da Amazônia. Os dois ficaram encantados com os caminhões lançadores de foguetes. “Meu filho gosta de ver essas exposições. E é gratificante saber qual o trabalho que o Exército tem feito pelo país”, comentou. (Pararijos NEWS)

Porto sob ameaça de parar


O Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Pará (MPE) e Defensoria Pública do Estado entraram, ontem, com ação na Justiça Federal pedindo, liminarmente, a paralisação total das atividades do porto de Vila do Conde, em Barcarena, no Baixo Tocantins, onde naufragou, no último dia 6, o navio Haidar, de bandeira libanesa, com cinco mil bois vivos. A ação pede que o funcionamento do porto seja interrompido até que as empresas responsáveis e a Companhia de Docas do Pará (CDP) tomem as providências necessárias para atenuar os danos. Desde domingo, 300 toneladas de carcaças de bois foram despejadas nas praias e furos da região e há um total de 740 toneladas de combustíveis na embarcação naufragada, colocando em risco todo o ecossistema da bacia dos rios Pará e Capim, com riscos inclusive à vida humana das populações ribeirinhas, conforme atestam vários especialistas.
“Está bem claro que não se tem como dar a devida prioridade e atenção aos problemas com a operação portuária em funcionamento. É claro que o embargo pode causar transtornos, mas deve haver os impedimentos das atividades portuárias. A situação é insalubre até para as pessoas que estão no local. Esse pedido é uma tutela de urgência. Pedimos que imediatamente o juiz se manifeste sobre isso, antes mesmo de ouvir a parte contrária”, argumentou o procurador da República Bruno Valente.
A expectativa é de que o pedido de liminar seja apreciado em até 48 horas. A ação pretende que todos os envolvidos, entre os quais a CDP e as empresas Global Norte Trade e Minerva, responsáveis, respectivamente, pela operação portuária e pelo transporte dos bois, prestem de imediato atendimento à população atingida, com fornecimento de máscaras adequadas contra o mau cheiro, distribuição de água potável, ajuda financeira para os moradores impactados e aprovação de um cronograma para retirada de todo o óleo e das carcaças que ainda estão no navio.
Pelo porto de Vila do Conde passam em torno de 20 mil toneladas de alumina diariamente, afora as operações de embarque e desembarque de alumínio, bauxita, coque, piche, fertilizantes, soja e uma série de outros produtos. Uma fonte que opera no porto pela Amunorte disse que só ontem a empresa mudou quatro vezes a rotina de embarque e desembarque de insumos.
Até o momento foram contabilizadas 148 famílias atingidas diretamente somente no município de Barcarena, segundo levantamento feito pela Secretaria Municipal de Assistência Social do município. Para a defensora pública Aline Rodrigues, que atua no município, a ação judicial se tornou imprescindível, pois os réus não tomaram as medidas necessárias para mitigar os danos. Na praia de Beja, município de Abaetetuba, também no Baixo Tocantins, as comunidades também não têm como se sustentar da pesca ou nem mesmo beber água, já que dependem unicamente do rio para a subsistência.
O navio Haidar, do Líbano, afundou no último dia 6 de outubro com uma carga de cinco mil bois vivos e 700 mil litros de óleo diesel, no porto de Vila do Conde, em Barcarena. Após seis dias do naufrágio, na madrugada da última segunda-feira, 12, a barreira de contenção feita pela CDP se rompeu, espalhando o óleo e centenas de carcaças de bois pelos rios e praias da região.
Estado usará drone para levantar informações em Barcarena
O levantamento de informações detalhadas acerca dos danos ambientais provocados pelo acidente no Porto de Vila do Conde, em Barcarena, contará na quarta-feira, dia 21, com uma aeronave drone, batizada de AtlantikSolar. O sobrevoo do drone ocorrerá a partir das 13 horas. O AtlantikSolar foi desenvolvido por cientistas do Laboratório de Sistemas Autônomos do ETH Zurich (Instituto Federal Suíço de Tecnologia) e está vindo ao Pará em parceria com a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica (Sectet). O drone possui uma câmera de alta resolução capaz de gerar imagens em 2D, em 3D e em infravermelho.
“O equipamento vai ajudar a mapear a situação da região e poderá complementar, por meio das imagens aéreas que mostrarão a dimensão do desastre, o trabalho que já tem sido feito no local”, explicou Mayra Castro, diretora da Swissnex Brazil em São Paulo, consulado científico ligado à embaixada da Suíça, e também responsável pela vinda do equipamento ao Estado. Técnicos da Sectet têm expectativa de que os dados e imagens obtidos pelo AtlantikSolar possam subsidiar novos estudos com vistas à preservação ambiental da região.
O AtlantikSolar realizará, no dia 22, o percurso Barcarena–Melgaço, para coletar informações atmosféricas sobre vento, umidade, temperatura e radiação em trechos da floresta nunca estudados. “Hoje esse tipo de informação é coletada, primordialmente, por meio de satélites e radares”, complementa Mayra Castro, diretora da Swissnex Brazil.
Movido à energia solar, o  AtlantikSolar foi desenvolvido pelos cientistas suíços para ser útil em desastres ambientais, como o ocorrido em Barcarena, na detecção de focos de incêndio na floresta, resgate de pessoas em locais de difícil acesso ou na coleta de dados científicos. Antes do acidente em Barcarena, já havia uma programação de apresentação do equipamento no Pará, com o objetivo de estreitar os laços do Estado com a Suíça e também de compartilhar a tecnologia com os cientistas locais.
Carcaças de bois são retiradas da praia, mas óleo continua
Trabalhadores retiraram as carcaças de bois que estavam na praia de Vila do Conde, para onde foram levadas, pelas águas, na noite de domingo. A remoção foi concluída por volta das 19 horas da última quarta-feira. Ontem pela manhã, porém, mais dois bois foram parar na praia e também foram retirados. Moradores disseram que, no início da tarde, houve um novo vazamento de óleo oriundo do navio Haidar, que, embarcado com quase cinco mil bois vivos, afundou no dia 6 deste mês, no porto de Vila do Conde, causando um desastre ambiental sem precedentes no Pará. E, também ontem, a Prefeitura de Barcarena começou a distribuir cestas básicas para os moradores que residem na rua Lauro Sodré, que fica na orla da praia e onde estão as pessoas até agora mais impactadas pelo acidente.
No total, foram retirados em torno de 480 bois da praia de Vila do Conde, afirmou Luciano Silva, gerente de operações da Cidade Limpa Ambiental, empresa que está realizando esse trabalho. Ele afirmou que a operação começou no sábado e foi intensificada no domingo. Com a retirada dos animais mortos da praia da Vila do Conde, já não havia, ontem, o forte odor que perdurava desde a noite de domingo. E, aos poucos, os moradores que residem às proximidades do local começaram a abrir suas casas, para entrar a ventilação. No entanto, comerciantes e pescadores continuam sem poder realizar suas atividades, já que a praia está interditada e ainda há manchas de óleo no rio. Donos de estabelecimentos comerciais acreditam que, por causa do desastre ambiental, ainda levará bastante tempo para que o movimento volte ao normal em Vila do Conde. Na última terça-feira, começou a distribuição de água potável para os moradores - um garrafão de água para cada família.
O coronel Augusto Lima, que, pela Defesa Civil do Estado, coordena a operação em Vila do Conde, disse que, com a retirada das carcaças dos bois, agora será feita a desinfecção da praia da vila do Conde e das ruas. Sobre o vazamento de óleo, ele comentou: “Temos um pedaço de óleo, que estamos analisando o que aconteceu. Estamos cobrando da empresa, e acionamos os órgãos do Estado da área ambiental para acompanhar esse ponto específico que nós notamos”, disse, para completar: “Já temos indícios desse vazamento”. Por volta das 17 horas, havia um boi morto na praia da Vila do Conde, no final da rua Lauro Sodré. “Os bois saíram da embarcação e foram levados por correntes. É natural aqui e ali aparecerem. O que estamos fazendo é informando a empresa, dando a localização, para ela fazer a retirada das carcaças”, afirmou o coronel Lima. (Pararijos NEWS)

Treinador de futebol deve ser candidato a vereador

Treinador de futebol deve ser candidato a vereador (Foto: Reprodução/Facebook)
(Foto: Reprodução/Facebook)
Mais um profissional da área esportiva deve entrar para a carreira política no Pará. Dessa vez será o ex-jogador e atual treinador do time de futebol São Raimundo, Ricardo Mendes Nascimento, mais conhecido como Lecheva, segundo informações publicadas na coluna Holofotes, do jornal Tapajós Agora, que chegará as ruas no sábado (17).
De acordo com a publicação, ele é um dos mais novos integrantes do PSOL. Lecheva teria assinado recentemente a ficha de filiação do partido a convite de Pedro Maia, que foi candidato psolista em 2014.
Com domicílio eleitoral em Belém, Lecheva deve ser lançado candidato a vereador na disputa eleitoral de 2016.
 ( Pararijos NEWS/DOL com informações do Blog do Jeso)

Passaporte e assinatura comprovam contas de Eduardo Cunha na Suíça

Cópias do passaporte, da assinatura e de dados pessoais do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), enviados pelas autoridades da Suíça à Procuradoria Geral da República (PGR) comprovam contas bancárias secretas do deputado, da mulher e da filha dele no país europeu, segundo investigadores do caso.
A TV Globo teve acesso com exclusividade à documentação encaminhada pelo Ministério Público suíço ao Brasil – por meio de 35 arquivos –, na qual, além da reprodução do passaporte e do visto norte-americano de Cunha, constam nome completo, data de nascimento e endereço dele em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Passaporte de Eduardo Cunha e visto dos Estados Unidos (dir.) no documento (Foto: Reprodução)Cópias do passaporte e do visto dos Estados Unidos de Eduardo Cunha (Foto: Reprodução)
Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa da presidência da Câmara informou que quem poderia falar sobre o assunto era o advogado de Cunha, Antonio Fernando de Souza. A reportagem tentou contato com o criminalista, mas não tinha conseguido localizá-lo até a última atualização desta reportagem.
Assinatura de Eduardo Cunha em conta na Suíça da Orion SP (Foto: Reprodução)Assinatura do presidente da Câmara na conta bancária registrada na Suíça em nome da offshore Orion SP (Foto: Reprodução)
Os documentos enviados pelo MP suíço mostram o caminho do dinheiro repassado a contas bancárias atribuídas ao presidente da Câmara dos Deputados e familiares.
No total, as contas de Cunha na Suíça, indicam as investigações, receberam nos últimos anos depósitos de US$ 4.831.711,44 e 1.311.700 francos suíços, equivalentes a cerca de R$ 23,8 milhões, segundo a cotação desta sexta-feira (16).
Documento de banco suíço com endereço de Eduardo Cunha no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução)Em um dos formulários do banco de Genebra foi confirmado que Eduardo Cunha era o beneficiário efetivo da conta. O documento também mostra que o presidente da Câmara forneceu seu endereço no Rio nos dados cadastrais (Foto: Reprodução)
Os investigadores da PGR dizem que os documentos pessoais de Eduardo Cunha enviados pelo procuradores suíços (cópias de passaporte, comprovantes de endereço no Rio de Janeiro e assinaturas) comprovam que ele era o beneficiário dessas contas.
Em uma das contas atribuídas ao presidente da Câmara na Suíça, em nome da offshore Triumph SP – constituída em Edimburgo, na Escócia –, há uma cópia do passaporte de Cunha. A Triumph, ressalta o Ministério Público, é uma empresa de trust utilizada para fazer a custódia e a administração dos bens, interesses e dinheiro do presidente da Câmara.
Em outro documento, que autoriza investimentos vinculados à conta bancária, aparece uma assinatura semelhante à registrada no passaporte do peemedebista.
Endereço em Nova York para envio de correspondências de banco a Cunha (Foto: Reprodução)Endereço em Nova York informado por Cunha ao banco suíço para envio de correspondências (Foto: Reprodução)
Ao banco suíço Julius Baer (antigo Merrill Lynch Bank), mostram os documentos, o presidente da Câmara solicitou que as correspondências relacionadas à conta da offshore Orion não fossem enviadas ao Brasil, e sim aos Estados Unidos, em um endereço de Nova York. Ele justificou o pedido alegando que "mora em um país onde os serviços postais não são seguros".
Cadastro em banco suíço que indica Cunha como beneficiário de conta (Foto: Reprodução)Cadastro preenchido no banco suíço indica Cunha como beneficiário de conta bancária no país europeu (Foto: Reprodução)
No formulário chamado de Know your Customer (Conheça seu Cliente), o documento esclarece que o beneficiário efetivo – a pessoa responsável pelo controle da conta – era Eduardo Cunha (veja o documento acima).
Na noite desta quinta-feira (15), o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a abertura de um novo inquérito para investigar Cunha. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, quer apurar suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro em razão das quatro contas na Suíça atribuídas ao parlamentar do PMDB e a familiares.
A Procuradoria Geral da República informou nesta sexta-feira (16) haver “indícios suficientes” de que as contas do presidente da Câmara no exterior são “produto de crime" e pediu o bloqueio e o sequestro do dinheiro depositado. Segundo a PGR, entre 2002 e 2014, a evolução patrimonial de Cunha foi de 214%.
Documento diz que correspondências devem ser enviadas para EUA porque 'cliente vive em um país sem serviço postal seguro' (Foto: Reprodução)Documento diz que correspondências devem ser enviadas para os EUA porque "cliente vive em um país sem serviço postal seguro" (Foto: Reprodução)
 

O caminho da propina
As investigações do Ministério Público da Suíça indicam que Eduardo Cunha manteve quatro contas bancárias no país europeu, abertas entre 2007 e 2008. Dessas, duas teriam sido fechadas pelo deputado no ano passado, em abril e maio.
As outras duas contas, com saldo de 2,4 milhões de francos suíços (cerca de US$ 2,4 milhões ou R$ 9,3 milhões), foram bloqueadas pela Justiça suíça.
Neste ano, em depoimento à CPI da Petrobras, o presidente da Câmara afirmou que não tem contas no exterior. Posteriormente, quando surgiram as informações de que ele tinha quatro contas na Suíça, o peemedebista reiterou as declarações que deu aos integrantes da comissão de inquérito.
De acordo com as investigações, parte do dinheiro teria sido pago a Cunha como propina por contrato fechado entre a Petrobras e a empresa Companie Beninoise des Hydrocarbures Sarl, em Benin, na África.
O empresário Idalecio de Oliveira era proprietário de um campo de petróleo em Benin e, segundo documentos, fez um contrato de US$ 34,5 milhões com a Petrobras para exploração dessa área.
Os investigadores afirmam ainda que o engenheiro João Augusto Rezende Henriques, apontado pela força-tarefa da Operação Lava Jato como um dos operadores do PMDB, recebeu em maio de 2011 da Lusitania Petroleum Ltd – cujo titular é Idalecio de Oliveira – US$ 10 milhões como “taxa de sucesso” pelo negócio fechado pela Petrobras em Benin.
Entre maio e junho de 2011, Henriques fez cinco depósitos no valor total de 1,31 milhão de francos suíços (cerca de R$ 5 milhões) para a offshore Orion SP com conta registrada no banco Julius Baer, na Suíça.
Segundo investigadores com acesso às informações, o titular da offshore era, à época dos depósitos em 2011, o presidente da Câmara. Constam nos documentos cadastrais da conta Orion SP cópia do passaporte e do visto norte-americano de Eduardo Cunha.
De acordo com os dados suíços, essa conta foi aberta em 20 de junho de 2008 e encerrada em 23 de abril de 2014. Em meio à papelada da da conta bancária ligada à Orion SP na Suíça, há um formulário que revela o peemedebista era cliente do Meryll Lynch de Nova York desde 2003. Cinco anos depois, explicaram as autoridades suíças, ele resolveu transferir a conta para a filial do banco em Genebra.
Em depoimento a investigadores da Operação Lava Jato no Paraná, Henriques disse que não sabia quem era o destinatário do dinheiro repassado para a conta Orion, mas afirmou que fez o depósito a pedido de Felipe Diniz, filho do ex-deputado Fernando Diniz (PMDB-MG).
O caiminho do dinheiro atribuído a Eduardo Cunha (VALE ESTA 2) (Foto: Editoria de Arte / G1)
  (Pararijos NEWS)

Erika na luta pelo Sucatão


A gatíssima que exibe as curvas nesta página se chama Erika Cristina Souza Cavaleiro Macedo. Ela representa, com orgulho, o time Sucatão da Marambaia e está superfeliz de poder participar do concurso “Musa da Pelada Amazônia 2015”. Torcedora do Papão da Curuzu, a moça diz que, a partir de agora, tem no “Sucatão”, sua segunda paixão em termos de fubebol paraense.
Muito elegante, Erika lembra que se ocupa em várias atividades com as quais também ganha sua vida. Por exemplo, ela é promoter de eventos, é ring-girl e também modelo profissional. No momento, cursa Radiologia e, ao se formar, espera ajudar as pessoas na busca da cura para seus males: “No trabalho podemos fazer o bem às pessoas e, assim sermos felizes”.
Com cabelos pretos e olhos de cor castanho escuro, a jovem afirma gostar muito de passear e curtir as praias de Salinópolis, mas, também, topa desafios, como agora, no “Musa da Pelada Amazônia”. “Para mim é mais um desafio. Esse é um ótimo desafio”, brinca Erika.
Menina sensata, a modelo diz que tem horror a gente falsa. Diz, ainda, que fica muito feliz quando consegue ver toda a sua família unida.
Em termos de filmes, Erika cita “Minha Maratona de Vida” e que, se fosse fazer um filme seu, escolheria para ser protagonista, fazendo o seu papel, a atriz Anne Hathaway. Ela também curte o livro “O Pequeno Príncipe”, pela “pureza do personagem”.
Ela diz curtir as pessoas que têm fibra, que têm garra: “Essas pessoas nos inspiram e são elas que, para mim, têm força e chamam atenção.”
Até o próximo dia 28 o jornal Amazônia vai apresentar todas as 21 candidatas do concurso “Musa da Pelada Amazônia 2015”, de segunda a sexta, no caderno “Show”. A votação poderá ser feita entre os dias 31 de outubro e 4 de dezembro, através da ficha encartada no jornal ou pelo Portal ORM. A grande final será no dia 10 de dezembro. Escolha sua candidata e participe.
(Pararijos NEWS)

Bruna nua em série na TV

Bruna Marquezine, de fato, cresceu diante das câmeras. A mocinha recatada de “I love Paraisópolis” (Globo/TV Liberal) agora se prepara para o maior desafio de sua carreira: interpretar uma prostituta na minissérie “O país do futuro”. As informações foram divulgadas pela colunista Carla Bittencourt, do jornal “Extra”.
No projeto de Guel Arraes, João Falcão e Jorge Furtado, Bruna será uma dançarina de boate chamada Beatriz que acaba tendo que trabalhar como garota de programa. A minissérie - que ainda não tem data para estrear - vai fazer um passeio sobre a história da televisão brasileira desde a década de 40. Bruna já foi avisada que fará cenas quentes e de nudez e topou o desafio. A atriz, inclusive, fez sua primeira prova de figurino, ontem, no Projac, e tem gravação prevista para o fim do mês, assim que os trabalhos em “I love Paraisópolis” (que termina dia 6) acabarem. Além de Bruna, Daniel de Oliveira, Débora Falabella, Murilo Benício, Jesuíta Barbosa, Alejandro Claveaux, Osmar Prado, Fabricio Boliveira, Letícia Colin e Bruno Garcia estão no elenco. (Pararijos NEWS)

PF flagra corrupção na Pesca


THIAGO VILARINS
Da Sucursal
A Polícia Federal deflagrou na manhã de ontem a Operação Enredados, para desarticular uma organização criminosa que atuava junto ao Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), em Brasília, durante a gestão do peemedebista Helder Barbalho. Segundo a PF, a organização criminosa concedia ilegalmente permissão para pesca industrial, o que gerou um prejuízo total de R$ 1,4 bilhão em danos ambientais. Na ação foram presos o secretário-executivo interino do extinto Ministério, Clemerson José Pinheiro da Silva, e o superintendente do Ibama em Santa Catarina, Américo Ribeiro Antunes.
“No Estado do Pará, também tivemos dois mandados de prisão, sendo que uma delas foi realizada em Belém e a outra em Brasília, porque envolve o presidente de uma confederação nacional de pesca”, disse a O LIBERAL a chefe da delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal (PF), Aletea Vega Marona Kunde. As identificações não foram repassadas para a imprensa.
Ainda segundo a delegada, os policiais federais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão no Estado. Três foram em Belém, sendo dois nas residências dos suspeitos que foram presos e um na empresa de peixes ornamentais de um deles, e o outro em uma empresa do mesmo ramo, em São Felix do Xingu. Entre os que foram levados para prestar depoimento e liberados no mesmo dia está Claudia Gana, chefe de gabinete do ex-ministro Helder Barbalho.
O grupo atuava junto ao Ibama e ao MPA na concessão ilegal de permissões de pesca industrial emitidas pela Pasta. A investigação apontou que havia a participação de servidores públicos, armadores de pesca, representantes sindicais e intermediários, que atuavam por meio de corrupção, tráfico de influência e advocacia administrativa.
“Havia muitos danos à natureza, muita corrupção, desrespeito com a natureza. Não havia nenhuma preocupação com a pesca sustentável. Eram colocados empecilhos para embarcações aptas, com o objetivo de pressionar os proprietários dos barcos para o pagamento de propina. Um dos fatos investigados envolveu o licenciamento para pesca da tainha na safra 2015”, disse a delegada.
No geral, foram cumpridos 61 mandados de busca e apreensão, 19 mandados de prisão preventiva e 26 de condução coercitiva - para prestar depoimentos em delegacias. Além de Brasília, Belém e São Félix do Xingu, os 400 policiais federais e os 20 servidores do Ibama que participaram dessa operação, também realizaram ações em São Paulo (SP), Angra dos Reis (RJ), Rio Grande (RS), Florianópolis, Laguna, Itajaí, Camboriú, Bombinhas (SC) e Natal (RN).
As investigações apontaram mais de 34 casos criminosos e, em somente um deles, foram mais de 50 crimes. O esquema tinha a participação de nove funcionários do Ministério da Pesca em Brasília e Santa Catarina. Conforme Aletea Marona, esses servidores eram do alto escalão do órgão comandado na época por Barbalho - desde o começo de outubro a pasta foi incorporada pelo Ministério da Agricultura. Também havia a participação de seis intermediários, dirigentes sindicais e armadores de pesca.
Entre os presos preventivamente estão dois funcionários do Ibama, sete do Ministério da Pesca e dois empresários. O esquema contava com a participação de quatro organizações criminosas: de Rio Grande, no Rio Grande do Sul; Santa Catarina, Brasília e do Pará. “Todas estavam interligadas”, acrescentou a delegada.
Ao longo de mais de um ano de investigação foram apreendidos 241 toneladas de pescado. Somente ontem foram 700 toneladas. “Várias espécies estavam ameaçadas de extinção”, complementa. Conforme o Ibama foram expedidos 50 autos de infração e R$ 20 milhões em multa, devido a apreensão dos 1,2 mil toneladas de pescado, de 50 espécies diferentes. Ainda segundo Aletea havia casos de espécies ornamentais vendidas por mais de 2,5 mil dólares.  Os animais eram vendidos com notas falsas, para o Rio Grande do Sul e outros Estados. Além disso, durante as abordagens as embarcações surgiram licenças inexistentes. O trabalho da Polícia Federal iniciou após a denúncia de uma célula no município de Rio Grande, no Sul do Estado gaúcho, que comprava pescado de pescadores fantasmas.
(Pararijos NEWS)

Dema usará imagens na investigação de naufrágio

Dema usará imagens na investigação de naufrágio  (Foto: Fernando Araújo)
Tripulação do navio voltou a depor na Delegacia do Meio Ambiente. (Foto: Fernando Araújo)
A Delegacia de Meio Ambiente (Dema) recebeu, na manhã de ontem (15), para prestar depoimento o 2º oficial do navio, Mustafá Farido, o 2º engenheiro Alzeer Bilal, e o contra mestre Zaftawi Rabih do navio que naufragou. Os libaneses foram ouvidos durante todo o dia pelo delegado Luiz Alcântara Neto  e o escrivão Walter Figueira. 
Segundo o delegado, os relatos de como o acidente aconteceu seguem a mesma linha. 
“Eles já vêm orientados a dizer que o acidente foi pela falta de estrutura do porto. Mas vídeos mostram os trabalhadores inertes, enquanto os animais se afogavam”, disse o delegado. Os tripulantes estavam acompanhados de advogado e tradutores.
A fase de depoimento iniciou na terça-feira (13). O 1º a ser ouvido foi o comandante Barbar Abdulrahman. O libanês Mahamoud Soliman, imediata do navio Haidar, e o engenheiro naval e chefe de máquina, Khaled Muna, foram ouvidos no segundo dia. A polícia aguarda os laudos dos peritos do Instituto Renato Chaves para prosseguir com as investigações e autuar criminalmente os possíveis responsáveis pela morte dos animais. O veterinário da Dema, Edevaldo Soares, esteve na última quarta-feira em Barcarena para analisar o andamento da retirada dos animais da Praia do Conde. 
De acordo com ele, só quando o navio for içado é que será possível verificar se a carga  era transportada em espaço apertado, o que configura crime de maus-tratos.
(Diário do Pará/Pararijos NEWS)

Mulheres relatam assédio sofrido em coletivos

Mulheres relatam assédio sofrido em coletivos (Foto: Reprodução)
Não deixe que ônibus lotado seja motivo para assédio dentro de coletivos. Denuncie! (Foto: Reprodução)
“Ela estava sentada na parte traseira do coletivo quando um outro passageiro, sentado na mesma fileira, começou a se masturbar, olhando o tempo todo para ela. Ele usava inclusive um preservativo para exibir o ato obsceno”. Uma situação que para alguns é considerada um absurdo,  o fato parece ser mais recorrente do que se imagina.
Após o relato de assédio dentro de um coletivo em Belém, outras vítimas resolveram denunciar e muitos outros casos de “abuso” vieram à tona.
“Isso acontece em todos os lugares, infelizmente. Aconteceu comigo também, eu me afastei duas vezes e o vagabundo ia pra onde eu estava e ficava se esfregando. Indignada, eu gritei pro ônibus todo ouvir se ele iria demorar pra terminar ou queria que eu me mexesse pra poder terminar. Eu xinguei ele horrores e ele desceu do ônibus na parada seguinte. Esse tipo de gente só pode ser doente”, diz Ana Maia Reis.
A vergonha, o medo e a falta de apoio estão dentre os fatores determinantes para que as mulheres se calem. Larissa Leite, vítima de assédio em coletivo, mesmo colocando a boca no trombone contra o acusado, não teve apoio das pessoas que estavam no transporte. “Eu já passei por isso e é horrível. Pior que eu gritei e ninguém no ônibus fez nada. Isso não é novidade pra ninguém, acontece sempre”, desabafa indignada.
“Aconteceu comigo ontem. Acredita que era um senhor de 65 anos, e além disso ainda furtou meu celular da bolsa. Eu fiz um escândalo no ônibus, a população pegou ele e deu muita porrada e no final ele foi preso”, conta Lauh Sophia Guedes.
O que muitas não sabem, é que casos de assédio no transporte coletivo podem e devem ser denunciados não só pela vítima, mas também por quem presenciou o ocorrido. (Pararijos NEWS)

Andarilho é assassinado, em Belém


Um rapaz identificado apenas como “Coelho” foi assassinado por volta das 8 horas de ontem, quando caminhava pela avenida Perimetral. Ele era andarilho e frequentava diariamente aquela área. Moradores disseram que ele jogou uma pedra em um carro que trafegava na pista de sentido Terra-Firme/Marco. O motorista do veículo fez o retorno e atirou duas vezes contra “Coelho”. A equipe da Unidade Integrada Pro Paz (UIPP) da Terra Firme investigará o assassinato.
A vítima estava descalça e usava camisa vermelha e bermuda estampada. “Ele andava por aqui todos os dias, catava lixo. Algumas pessoas disseram que a família dele mora na travessa Mauriti, mas eu não sei se é verdade”, disse um morador da Perimetral que pediu para não ser identificado.
A equipe do soldado Ataíde, da 4ª Companhia da Polícia Militar, foi a primeira a chegar ao local do crime. Ele disse que anteontem viu a vítima caminhando pela avenida. “A gente faz ronda aqui nessa área e ontem mesmo vi esse rapaz andando por aqui. Ele era usuário de drogas”, afirmou o policial militar.
O modelo e a cor do carro conduzido pelo assassino não foram informados aos policiais. A ocorrência será encaminhada para a equipe da UIPP da Terra Firme, que deve solicitar imagens registradas por câmeras de segurança de estabelecimentos comerciais daquela área para verificar a versão apresentada por testemunhas.
A polícia também deve investigar se o crime foi motivado por dívidas com traficantes, já que a vítima era usuária de drogas. Quem tiver informações a respeito do homicídio pode contribuir com a polícia por meio do Disque-Denúncia (181). A ligação é gratuita e não é necessário se identificar. (Pararijos NEWS)

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Prefeito de Barcarena responsabiliza CDP por tragédia

Foto: Frederico Mendonça/ Arquivo O LiberalFoto: Frederico Mendonça/ Arquivo O Liberal
O prefeito Antônio Carlos Vilaça, de Barcarena, no Baixo Tocantins, responsabilizou ontem a Companhia Docas do Pará, a empresa Minerva, responsável pela carga do navio Haidar - que naufragou no porto de Vila do Conde com 5 mil bois e 740 toneladas de óleo, no último dia 6 - e o armador da embarcação pela tragédia ambiental que ameaça de contaminação os rios que banham a região. “A CDP por ser dona do porto e não ter planos de resgate, assistência e prevenção. A Minerva porque não teve o cuidado devido em ver a segurança do local para fazer a carga, que ainda não tinha terminado. Já o armador do navio por ser o dono deste e responsável pela tripulação”, diz o prefeito de Barcarena, ao informar que já tomou todas as medidas judiciais cabíveis para buscar punição aos responsáveis pelo crime, que ele reputa como o maior já ocorrido na região. “Entramos também com pedido de retenção de dois navios de bandeira libanesa que vão chegar ao município nesses dias. A partir desse problema, vamos procurar ter respostas ao que acontece nos portos de Barcarena, embora o da CDP pertença à União”, informa.
As 740 toneladas de combustíveis (óleos BPF, diesel e lubrificante) e os cerca de 4,3 mil bois mortos que ainda estão no navio Haydar, de bandeira libanesa são hoje as principais preocupações da gestão municipal. O poder público municipal e estadual tomam algumas medidas de apoio à população da vila, prejudicada pelo vazamento de cerca de 10 toneladas de óleo diesel e BPF e aparecimento de cerca de 500 bois mortos nos rios e na praia de Vila do Conde. “O que nos preocupa muito é que os óleos saiam da embarcação. A empresa Mamut, seguradora contratada pela empresa proprietária do navio, que ainda não sabemos o nome, trabalha para evitar vazamentos na embarcação e diz que o problema será resolvido em até 20 dias, pois está em licitação a contratação de uma empresa para transferir o combustível do navio, que está em 25 tanques, para uma balsa. As ações da Mamut deixam a desejar, tem recurso limitado, o representante da seguradora não tem poder de decisão e até agora o dono do navio não se apresentou”, afirma o prefeito.
Enquanto isso, a Mamut retira os bois que estão no rio e, quando a maré baixa, a prefeitura de Barcarena e a empresa Cidade Limpa, contratada pela Companhia Docas do Pará (CDP), responsável pelo porto de Vila de Conde, recolhem os cerca de 350 bois mortos que estão na faixa de areia da praia. “Já retiramos pelo menos 250 animais das praias e esperamos concluir essa etapa nesta madrugada. Os animais são enterrados em valas forradas com lonas impermeabilizadas com manta de PAV dentro da CDP, em Barcarena. Amanhã (hoje) começamos o trabalho de descontaminação da praia”, explicou o prefeito, na tarde de ontem.
Os órgãos da prefeitura e do governo do estado na área da assistência e defesa social distribuem água, cestas básicas e máscaras. Houve reforço na equipe médica, com atendimento 24 horas em dois postos de saúde e 50 agentes comunitários de saúde que atuam na praia e igarapés, instruindo as famílias sobre o que fazer. A população prejudicada recebe também apoio psicológico e é cadastrada para ser indenizada pelos danos sofridos com a contaminação da água e do ar, ocasionada pelo vazamento de combustível e pela proliferação de carcaças dos bois, desde o último dia 6.
Três vezes ao dia, a Vigilância Sanitária de Barcarena faz a análise da qualidade da água nas praias de Vila do Conde, Itupanema, Caripi, Cuipiranga e Sirituba, para verificar se houve contaminação com óleo e resíduos dos animais. “Por enquanto, somente a praia de Vila do Conde está contaminada, mas temos medo que se instale em outras praias e prejudique ainda mais o município, que, além do meio ambiente, já teve sua economia afetada, pois muitos cidadãos vivem do turismo e das vendas nas praias”, conta Vilaça.
AÇÕES 
Reunião ocorrida ontem na Defensoria Pública do Pará definiu ações que serão ajuizadas em favor das famílias prejudicadas pela proliferação de carcaças do naufrágio ocorrido em Vila do Conde. Quatro defensores vão propor Ação Civil Pública e até ações individuais de indenização por danos morais e materiais, para compensar os moradores da região pelos graves danos e prejuízos sofridos.
Segundo Daniel Lobo, diretor da Defensoria Pública do Interior, até amanhã a Defensoria deve entrar com medida de assistência emergencial às famílias. “Nosso foco é a população local diretamente atingida, que poderá ser beneficiada com aluguel social, remanejamento para outras áreas, auxílio financeiro, tendo em vista que a população que vivia do turismo, do rio e do comércio e não pode trabalhar. Além da garantia de água potável, máscaras, enfim, fazemos levantamento e vamos fazer de modo extrajudicial, conversando com as autoridades públicas, ou ingressando na Justiça, se necessário”.
Ainda ontem, à tarde, houve reunião entre representantes dos Ministério Público Estadual e Federal, e Defensoria Pública, para definir os detalhes da ação civil pública. “Poderemos dar entrada na ação até o final desta semana, sempre com foco para melhor atender à população em relação a esse grave acidente. Nossa maior preocupação é mapear a extensão desse dano e já fazemos isso, a fim de identificar essas pessoas e atuar em prol delas”, diz o diretor da Defensoria. (Pararijos NEWS)