terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Procuradoria: Cerveró era “sócio oculto” de Fernando Baiano

Fernando Falcão Soares pode ter recebido US$ 40 milhões Fernando Falcão Soares pode ter recebido US$ 40 milhões
O Ministério Público Federal denunciou ontem à Justiça o ex-diretor de área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró sob acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em 64 operações de transferência de valores ao exterior. Ele e o lobista Fernando Falcão Soares, apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção e propinas na estatal petrolífera e também alvo da denúncia, são acusados de terem recebido US$ 40 milhões em propinas.
A Procuradoria da República diz que Cerveró era “sócio oculto” de Baiano. Para os procuradores, Cerveró violou “os deveres de honestidade, de integridade, de lealdade, de legalidade, de impessoalidade, de transparência”. O doleiro Alberto Youssef e o executivo Julio Camargo, que agia em nome da empreiteira Setal Óleo e Gás, também foram denunciados no mesmo caso.
Segundo a força-tarefa da Operação Lava Jato a propina é relativa à contratação de dois navios-sonda pela Petrobras, em julho de 2006 e em 2007, para perfurações em águas profundas na África e no Golfo do México.
O primeiro suborno, no montante de US$ 15 milhões, foi referente, diz a denúncia, ao navio-sonda Petrobrás 10000. O outro, de US$ 25 milhões , relativo ao Vitória 10000. Ambos os navios foram contratados ao estaleiro Samsung Heavy Industries Co, na Coreia, ao preço global de US$ 1,2 bilhão.
O Globo

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