quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Encapuzados matam três


Na madrugada de ontem, dois homens foram executados na via pública, em situações distintas, por grupos de motociclistas encapuzados e vestidos de preto, nos bairros do Jurunas e da Pedreira. Mário Estevão Sacramento Barros, de 31 anos, foi atingido com vários tiros de arma de fogo na cabeça e nas costas, na travessa Quintino Bocaiúva com a Rua dos Tupinambás, no Jurunas. O endereço fica na área em que policiais militares realizavam buscas ao terceiro suspeito do homicídio do soldado Vítor Pedroso, da Rotam, morto em uma troca de tiros com assaltantes na noite de domingo. Outra vítima foi Marcelo Costa Nascimento, de 26 anos. Ele foi alvejado na passagem Maria dos Anjos, na travessa Alferes Costa, próximo ao canal da Pirajá, na Pedreira. As informações são da Divisão de Homicídios.
Mário estava em frente à casa dele conversando com outras pessoas. Por volta da 1h30, aproximou-se um grupo de 15 motociclistas, entre eles, mulheres, que efetuaram disparos a esmo contra o grupo em que Mário estava. Ele morreu na hora. Outro homem, de identidade desconhecida, que estava próximo a Mário foi levado ao hospital com um tiro na perna.
Já na Pedreira, Marcelo Nascimento consumia bebida alcoólica na companhia de amigos, na rua. Testemunhas descreveram à polícia que cinco pessoas encapuzadas passaram pelo local em motocicletas e retornaram para efetuar os disparos de arma de fogo contra o grupo. Marcelo, que possuía uma das pernas amputada, foi atingido na cabeça e morreu. Outra pessoa foi baleada na perna e levada ao hospital.
Nos dois casos, o delegado Dauriedson Bentes, da DH, esteve nos locais para iniciar o levantamento dos crimes, junto a peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPC). Os corpos foram removidos para exames de necropsia no Instituto Médico Legal (IML). Os assassinos ainda não foram identificados.
Guamá - No bairro do Guamá, houve outro homicídio por volta da 0h30 de ontem. A vítima foi Marcelo de Souza Ferreira, de 25 anos. O crime ocorreu na rua Ezeriel Mônico de Matos. Ele foi baleado na cabeça e no peito por homens que chegaram ao local num gol preto. Testemunhas descreveram aos policiais civis da Divisão de Homicídios que os assassinos estavam encapuzados e usavam coletes à prova de balas.
Marcelo Ferreira estava na porta da casa dele quando foi surpreendido pelos homens armados que saltaram do carro atirando. Ele foi baleado na cabeça e nas costas. Uma mulher não identificada, que estava próxima à vítima, também foi baleada na perna. Ela foi socorrida, de acordo com investigadores da DH.

Delegado não descarta ligação entre casos e morte de PM

Diretor de Polícia Especializada (DPE), da Polícia Civil, o delegado João Bosco Rodrigues disse ontem que, por enquanto, não se pode descartar nenhuma hipótese sobre as mortes praticadas logo após o assassinato do soldado Vítor Cézar de Almeida Pedroso, 28 anos, lotado na Ronda Tática Metropolitana (Rotam) e baleado na noite de domingo, no bairro da Cremação, em Belém. Pelo menos três crimes têm características de execução. “Não descartamos possibilidade nenhuma. O que analisamos prontamente é que, após a morte do policial militar, ocorreram outras mortes na Região Metropolitana. E todas essas mortes serão investigadas”, afirmou.
Ele acrescentou que, somente no curso das investigações é que a Polícia Civil “poderá aferir se houve ou não a participação de criminosos, de policiais ou de quem quer que seja. O certo é que, nas ocorrências em que detectarmos, com base na análise desses documentos, nos locais de crimes, efetuados pela Divisão de Homicídios, se houver indícios mínimos de execução, essas investigações serão avocadas pela Divisão de Homicídios e, por lá, tramitarão”, explicou.
O delegado João Bosco reafirmou que, se no decorrer das apurações, “conseguirmos elementos, e vamos conseguir, para identificar os criminosos, independente de quem quer que seja, vamos atuar de forma isenta, na identificação e na representação pelas suas prisões, para que elas respondam criminalmente pelos delitos cometidos”. O titular da DPE afirmou ainda que as equipes da Divisão de Homicídios e das delegacias de bairro estão analisando, de forma técnica, os os boletins de ocorrências, os levantamentos feitos no locais de crime e os depoimentos colhidos até agora. “Nós trabalhamos com isenção e apoio total da sociedade. A Polícia Civil como um todo vem, ao longo dos anos, dando respostas efetivas a em todos os casos e investigações que apuramos. Os exemplos são vários e esse será mais um caso em que iremos atuar de forma isenta e de aprofundar as investigações com o objetivo de, o quanto antes, identificar e responsabilizar os envolvidos”, concluiu o delegado.
(Pararijos NEWS)

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