quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Centenas acompanham enterro

Membros da Ronda Tática Metropolitana que trabalharam com o soldado Vitor Cezar de Almeida Pedroso fizeram questão de carregar o caixãoMembros da Ronda Tática Metropolitana que trabalharam com o soldado Vitor Cezar de Almeida Pedroso fizeram questão de carregar o caixão
O policial militar Vitor Cezar de Almeida Pedroso, da Ronda Tática Metropolitana (Rotam), assassinado na noite de domingo (25), foi enterrado às 10h de ontem, no cemitério Parque das Palmeiras, no município de Marituba. Um helicóptero do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp) jogou pétalas de rosas no local e colegas da Polícia Militar ficaram responsáveis por uma salva de tiros. As homenagens emocionaram familiares e amigos do soldado. Aproximadamente 200 pessoas acompanharam a despedida.
Parentes e conhecidos do soldado Pedroso, que tinha 28 anos, comentavam que ele conseguiu realizar o sonho de ser policial militar. Ele serviu ao Exército e, quando saiu de lá, passou no concurso da Polícia Militar. Pedroso entrou na corporação em 2013 e trabalhava na Rotam havia dois anos.
Muito emocionada, a mãe do soldado passou mal durante o sepultamento. O irmão caçula, de 11 anos, que não teve o nome identificado, ficou ao lado do corpo de Pedroso. “Todos aqui estão chorando, mas nós sabemos que a morte não é o fim. A passagem do meu irmão nessa vida não foi em vão, ele realizou o sonho dele de trabalhar pela segurança das pessoas. Agora, ele foi chamado por Deus e é o momento do julgamento. Eu tenho certeza que ele está sendo bem recebido”, disse.
“A partida precoce dele não é uma tristeza apenas para a família e para os colegas da polícia. A sociedade também perde, pois ele era um policial com conduta exemplar e sempre muito dedicado”, afirmou o tenente-coronel Luiz Carlos Rayol, comandante da Rotam. Ele destacou que o soldado tinha uma viagem marcada para segunda-feira (26), como prêmio. “Ele viajaria para o município de Santana do Araguaia para participar de uma operação contra roubo a banco”.
Policiais militares que trabalharam com o soldado não esconderam a tristeza causada pela perda de mais um colega. Francisco Xavier, o cabo Xavier, que é presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia e Bombeiros Militares (ACSPMBM-PA), informou que chegou a 19 o número de militares assassinados no Pará, este ano. O coronel Roberto Campos, comandante geral da Polícia Militar, que também participou do enterro, disse que cinco militares desse grupo foram vítimas de acidentes de trânsito.
O coronel Campos responsabilizou o tráfico de drogas pela violência crescente. “Todo esse problema surge com o tráfico de drogas. Esse é o momento de a sociedade parar e refletir a respeito do assunto. Essa é uma realidade que ultrapassa fronteiras”.
Suspeito - O comandante geral da Polícia Militar foi questionado sobre a suposta participação de policiais na execução de Jaime Tomas Nogueira, de 30 anos, o “Pocotó”, um dos suspeitos de ter ligação com a morte do soldado Pedroso. Jaime estava sob a custódia de um agente prisional e dois policiais militares, num hospital particular localizado no bairro de Fátima, quando nove homens encapuzados renderam os seguranças particulares da unidade de saúde e a escolta e atiraram treze vezes contra o preso. “Nós não somos coniventes com qualquer tipo de violência. Nós trabalhamos para proteger a sociedade. A Polícia Civil já iniciou a investigação para identificar os responsáveis por esse crime”, afirmou o coronel Roberto Campos.
Além de Jaime, logo após o crime contra o soldado Pedroso foram capturados um adolescente e um homem, que não teve o nome informado. De acordo com a polícia, os três fizeram um assalto no bairro da Cremação e, durante a fuga, tentaram roubar a motocicleta do soldado. Houve troca de tiros e o soldado Pedroso e Jaime ficaram feridos. O soldado morreu no mesmo dia, logo após chegar a um hospital particular. (Pararijos NEWS)

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