terça-feira, 18 de agosto de 2015

Ministério Público pede solução para caos na saúde


Ministério Público pede solução para caos na saúde (Foto: Daniel Costa)
Durante a reunião, secretário tentou se justificar, mas não conseguiu convencer a ninguém (Foto: Daniel Costa)
As secretarias de Saúde do Estado (Sespa) e do Município (Sesma) terão até o próximo dia 25 para encaminhar à promotoria de Justiça de Direitos Constitucionais Fundamentais e dos Direitos Humanos um posicionamento sobre os vários problemas relacionados ao funcionamento do Hospital Pronto-Socorro Municipal Humberto Maradei Pereira, o PSM do Guamá. As irreegularidades foram duramente expostas, ontem, por entidades de classe e representantes de trabalhadores, numa reunião que durou quase 4 horas na sede do Ministério Público (MP).
No caso da Sesma, o órgão terá de apresentar solução e prazos para cumprimento das mesmas no que se refere ao conserto dos elevadores do hospital (um deles está há mais de 10 anos apresentando problemas, ficando na maioria do tempo parado); reparo imediato no sistema de oxigenação (tubulação) para atender pacientes, disponibilização de roupas e lençóis limpos para pacientes da unidade; de medicamentos e material de uso diário na unidade, além de dimensionamento de pessoal e reorganização de escalas de trabalho para melhorar as condições e evitar a sobrecarga de trabalho de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem.
Já a Sespa terá de apresentar um relatório detalhando de que forma o Estado está ajudando para aliviar a demanda no PSM do Guamá, que triplicou a quantidade de atendimentos e internações desde que o PSM da 14 de Março pegou fogo, na última semana de junho. Os relatos de quem trabalha na unidade impressionaram a todos na reunião.
Rosana Oliveira, coordenadora geral da Associação dos Servidores da Saúde no Município de Belém (Assesamub) disse que desde 2013, a gestão de Zenaldo Coutinho tenta resolver de maneira atrapalhada a delicada questão da saúde na capital. “Falam em reformas, ampliações investimentos... Mas nos últimos dois anos foram feitos pequenos reparos para resolver problemas pontuais. Todos os equipamentos instalados, como tomógrafos e aparelhos de raio-x já estavam previstos para aquisição desde a gestão passada e só foram instalados agora”, revela.
Ela diz que se as mudanças feitas pela gestão atual tivessem surtido efeito, o HPSM da 14 de Março não tinha pegado fogo. “Pegou fogo porque não tinha extintor para debelar pane elétrica, que só foi colocado no dia seguinte ao incêndio”, assegura. Ela criticou ainda as condições insalubres de trabalho dos servidores. “Muitos trabalhadores adoecem nos dois psm’s. Já tivemos servidores com pneumonia e até tuberculose”.
(Diário do Pará/Pararijos NEWS)

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