segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Desfile cheio de problemas

A X-9 Paulistana encerrou o carnaval em São Paulo com o samba-enredo “Açaí guardiã! Do amor de Iaçá ao esplendor de Belém do Pará”. O Círio de Nazaré foi destaque.A X-9 Paulistana encerrou o carnaval em São Paulo com o samba-enredo “Açaí guardiã! Do amor de Iaçá ao esplendor de Belém do Pará”. O Círio de Nazaré foi destaque.
Com o samba-enredo “Açaí guardiã! Do amor de Iaçã ao esplendor de Belém do Pará”, a escola de samba X-9 Paulistana encerrou a última noite de desfiles do Grupo Especial do Carnaval 2016 de São Paulo, entrando na avenida na manhã de ontem, por volta das 5h50.
A agremiação, que cantou o açaí e a história de Belém, que neste ano completou 400 anos de fundação, teve uma série de problemas e fez uma apresentação tensa. Um homem caiu de um dos carros alegóricos e teve que ser socorrido. A escola saiu com 2,8 mil integrantes distribuídos em 25 alas. Entre os destaques da X-9 esteve Gracyanne Barbosa, que veio à frente da bateria da escola. Ela desfilou com o marido Belo, outra celebridade da agremiação.
As dificuldades começaram na alegoria da comissão de frente, que representava uma oca e demonstrou problemas na direção, sendo centralizada na pista com dificuldade. A ala encenava a lenda indígena que conta a descoberta do açaí como um vigoroso alimento na floresta Amazônica. Logo atrás, o carro abre-alas precisou ter algumas partes móveis desmontadas para sair da concentração e entrou incompleto, deixando um buraco entre a comissão de frente e a alegoria, o que pode prejudicar a X-9 nos quesitos evolução e alegoria.
Na concentração, uma parte da estrutura do terceiro carro, representando uma caravela, quebrou e provocou a queda de Ricardo Henrique Teixeira, de 21 anos, de uma altura de dez metros. Ele sofreu uma lesão na coluna vertebral e foi levado para a Santa Casa de Misericórdia. Seu quadro é estável e ele recebeu alta do hospital ontem. Ricardo deverá usar um colete por um tempo.
O carro entrou na avenida sem nenhum integrante do lado esquerdo e os incidentes prejudicaram a evolução da escola, que teve que correr para encerrar o desfile dentro do tempo limite, com 62 minutos dos 65 permitidos.
A escola também pode perder pontos no quesito alegoria por esse problema. Entre todas as escolas do Grupo Especial que passaram pelo Anhembi neste Carnaval, a X-9 foi a única que apresentou problemas tão sérios e que corre o risco de ser rebaixada para o Grupo de Acesso. Mas membros da escola defenderam a garra da X-9 diante dos diversos problemas que ocorreram na avenida.
A cidade de Belém teve destaque no enredo. O desfile deu ênfase à figura de Castelo Branco, que fundou a cidade há 400 anos. Houve também referência ao Forte do Presépio e ao mercado Ver-o-Peso, cartão-postal da cidade e principal ponto de comercialização do açaí.
A última ala a entrar na avenida simulou a procissão do Círio de Nazaré, uma das festas religiosas mais importantes do País. O quinto e último carro da escola veio cercado por uma corda segurada por mais de 200 integrantes da escola, como fazem os fiéis na procissão oficial.
A escola tem dois títulos em sua história, de 1997 e 2000, e nos últimos anos ficou sempre na metade da tabela de classificação. Antes da X-9 Paulistana desfilaram as escolas de samba Unidos do Peruche, Império de Casa Verde, Acadêmicos do Tucuruvi, Mocidade Alegre, Vai-Vai e Dragões da Real. (Pararijos NEWS)

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