quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Confusão impede votação da meta fiscal

Polícia Legislativa agiu com truculência para expulsar os manifestantesPolícia Legislativa agiu com truculência para expulsar os manifestantes
Um grande tumulto na noite desta terça-feira entre seguranças do Senado e um grupo de cerca de 30 pessoas que se manifestavam nas galerias contra a votação do projeto que flexibiliza o ajuste fiscal levou à suspensão da sessão que analisaria a proposta. Os policiais do Senado utilizaram armas de choque contra as pessoas que estavam no local e estas foram protegidas por deputados da oposição. Sem mais o que fazer, depois que a sessão se transformou num ringue, com troca de socos e gritaria, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou que a sessão será reaberta hoje, às 9 horas (de Belém).
A confusão começou porque durante discurso da senadora Vanessa Graziotin (PC do B-AM) em defesa do projeto do governo, alguns manifestantes gritaram: “Vai pra Cuba”. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) entendeu que as galerias estavam chamando a colega de “vagabunda”. Disse que isso era inadmissível. E pediu a Renan que retirasse os manifestantes das galerias. Imediatamente Renan deu a ordem para que os seguranças agissem. Entre os manifestantes estavam alguns partidários do deputado Izalci Lucas (PSDB-DF) e pessoas que articulam encontros por redes sociais, a exemplo do grupo chamado “Brasil livre”.
Os seguranças foram truculentos. O professor de História Alexandre Ângelo Seltz, de 27 anos, foi atingido por uma arma de choque. “Ele disparou o taser e eu apaguei. Não vi mais nada. É a truculência da ditadura socialista que eles querem implantar no Brasil”, afirmou. Um outro professor que estava com um lenço tapando a boca gritava: “ditadura, ditadura”.
Agência Brasil

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