quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Mãe e filho enganam fãs de música gospel em Belém

Mãe e filho foram presos acusados de vender pelo menos 500 ingresso para  show gospel inexistente que seria realizado no Campo da Terra Firme, na noite da última sexta-feira, 25. Maria Dalva Cardoso e Bruno Cezar Cardoso Bahia organizaram o evento “Louvor Gospel”, cuja atração principal seriam as cantoras Bruna Karla e Cassiane, que nunca souberam de tal evento. Os dois chegaram a fazer faixas, cartazes e confeccionaram 2 mil ingressos. A venda era feita numa loja de confecções do bairro, dando a ideia de legitimidade. Porém, quando o público chegou ao local, encontrou apenas com um aviso de que o evento havia sido “cancelado por motivo de força maior”, mas sem qualquer orientação para reaver o dinheiro do ingresso. Ambos foram autuados por estelionato.
O crime foi registrado, inicialmente, na Unidade Integrada Pro Paz (UIPP) da Terra Firme, onde Maria e Bruno foram levados para depor e ficaram detidos. Ambos estavam no local onde o show ocorreria, mas se recusavam a devolver o dinheiro. Pelo menos 200 pessoas tumultuavam a entrada da unidade e tentaram invadir o prédio para agredir os falsos empresários”. Foi necessário reforço policial para conter o tumulto e somente seis pessoas resolveram registrar a ocorrência com relatos diversos e alguns casos que comoveram os policiais da UIPP, como o de um ajudante de pedreiro que gastou quase o que tinha  para levar toda a família ao show: dez ingressos ao preço total de R$ 250, dinheiro conseguido após muitas horas extras de serviço. A Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe) assumirá o caso.
Com a quantidade de ingressos que Bruno vendeu durante um mês ele conseguiu R$ 12,5 mil. O dinheiro, alega, seriam usadoo na reforma de uma igreja localizada em São Brás, próximo ao Terminal Rodoviário de Belém, só que nunca entregou nem um centavo ao pastor responsável pelo templo. Ao proprietário do campo, onde o show seria realizado, os acusados pagaram R$ 1,5 mil, além de R$ 920 para os propagandistas que anunciavam o show pelo bairro e mais cerca de R$ 100 para confecção dos ingressos e do material visual de divulgação. “Foi por uma boa causa”, disse Bruno.
Maria disse que entregou o dinheiro para a confecção do material, porém, não questionou o filho sobre mais detalhes do que iria fazer e nem sabia dizer quem eram os artistas que iriam se apresentar no evento, porém, chegou a ajudar na venda dos ingressos na última semana. Todo o dinheiro era entregue  a Bruno, que não prestava contas de nada. Ela disse ter se arrependido da própria ingenuidade que a levou a “enganar pessoas de bem e evangélicas”, garantindo que se soubesse tratar-se de um golpe e que resultaria na condução dela a uma delegacia, jamais teria aceitado a tarefa. Ambos nunca haviam sido presos ou processados.
“Vou correr atrás do meu prejuízo. Bati muito mais massa e carreguei muito mais aterro do que podia para bancar”, relatou o ajudante de pedreiro, que terá a identidade preservada. Ele e outras pessoas que registraram ocorrência acharam que a venda dentro de uma loja dava credibilidade ao show, mas ninguém viu propagandas mais amplas, como TV e internet. Também não desconfiaram que a artista faria um show num local tão pequeno. Na página dela no Facebook, a cantora até estava no Pará, mas em Pacajá e no dia 24. Dia 25 ela teria um show noutro local.
(Pararijos NEWS)

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