sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Sargento nega ter incitado violência em Belém

Segundo órgãos de defesa dos Direitos Humanos, existe a possibilidade de que as execuções ocorridas na madrugada da última quarta-feira (5), em Belém, tenham sido uma represália à morte do cabo Figueiredo, conhecido como Pet, e que a ação tenha sido mobilizada pelas redes sociais.
Um dos apontados de incitar a violência é o sargento da PM Rossicley Silva, que publicou na internet uma convocação para “dar a resposta”, referindo-se à execução do cabo. O militar, porém, nega as afirmações.
“Na verdade, o post que escrevi, infelizmente, foi deturpado. De maneira alguma iria pedir para que fosse feita justiça com as próprias mãos, uma vez que sou um agente de segurança pública”, afirmou o sargento, que também é presidente da Associação de Praças do Pará (Aspra).
“O que quis foi convocar apoio às guarnições dos bairros, mas dentro dos limites legais. Sabemos que eram só duas viaturas no momento, e que ficam dois policiais por carro, enquanto que os assassinos estavam com armamento pesado”, continuou. “Pedi apoio no sentido de combater a criminalidade. Nosso objetivo não é vingança. Repudio totalmente estes atos”.
O sargento ainda afirmou que não possui envolvimento com qualquer outra mensagem publicada sobre os homicídios na cidade. “Não falei com ninguém, não tenho contato com ninguém, nem mandei nada para ninguém. A única postagem que fiz foi a do Facebook, que até já apaguei. Jamais iria incitar a violência”, continuou.
Rossicley ainda repudiou o que considerou como “ataques contra a PM” na internet e afirmou que irá recorrer a Justiça contra acusações feitas contra ele. “Com certeza vou entrar com uma ação contra estes absurdos falados contra mim e a corporação. É como se tudo sobrasse para a PM, que se expõe com a própria vida e merece mais respeito”
Ele ainda afirmou que não é possível afirmar se os crimes foram ação de facções criminosas ou se há participação policial no caso, mas que também está interessado em descobrir os responsáveis. “Como presidente da Aspras, estive na OAB e em órgãos de direitos humanos para cobrar providências para que os envolvidos sejam responsabilizados. Em nenhum momento acobertei ninguém”
( DOL)

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