quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Cúpula da segurança confirma investigações

Luiz Fernandes, secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, disse ontem de manhã, em entrevista coletiva à imprensa, “que todos esses crimes já começaram a ser investigados”, referindo-se às nove mortes registradas anteontem à noite e na madrugada de ontem, após a execução do cabo da Polícia Militar Antônio Marco da Silva Figueiredo, o cabo Pet. O secretário tentou tranquilizar a população e atribuiu à onda de boatos difundida nas redes sociais a informação de que os criminosos são policiais militares. Luiz Fernandes confirmou o número de dez mortes ocorridas entre a noite de terça-feira e madrugada de ontem, incluindo a execução do cabo Pet, mas disse que, destas, apenas seis têm características comuns.
“O nosso principal objetivo nesta coletiva é passar informações corretas sobre o sistema de segurança pública do Estado e informar que todos esses crimes já começaram a ser investigados. Nós temos acompanhado intensamente todas as ações dos órgãos de segurança, 24 horas por dia, e podemos dizer sem medo que a notícia veiculada nas redes sociais e em alguns meios de imprensa sobre uma onda de dezenas de assassinatos em Belém não é verídica”, afirmou o secretário, salientando que houve um reforço no contingente de policiais que estão nas ruas da cidade, especialmente nos bairros onde ocorreram os crimes. 
Na entrevista, que contou com representantes de diversos órgãos do Sistema de Segurança Pública e da Promotoria de Justiça Militar do Estado, foi informado que já foram tomadas todas as medidas para se esclarecer o mais rápido possível à população as reais causas desses crimes. “O momento agora é de tranquilizar a população e dizer que ainda é prematuro nesse momento definir quem são os autores do crime. Até porque se soubéssemos, não precisaríamos de investigação”, disse o delegado geral da Policia Civil Rilmar Firmino. Sobre a possível participação de policiais militares nos homicídios, o promotor da Justiça Militar, Armando Brasil, afirmou que o órgão já está dando todo o apoio à Corregedoria da Polícia Militar. Ele disse também que, caso seja confirmada alguma denúncia contra os servidores públicos, a Promotoria deve instalar imediatamente um procedimento criminal.
A respeito dos boatos divulgados nas redes sociais, o titular da Segup ressaltou que já estão sendo tomadas as medidas para se investigar e punir os responsáveis. Segundo ele, as consequências dessas informações divulgadas nas redes sociais foi tão grande que chegaram a divulgar mais de 100 mortes na mesma noite e ainda publicaram fotos de pessoas mortas na Boate Kiss (Rio Grande do Sul), que nada têm a ver com os casos de Belém. “O nosso sistema de segurança já está monitorando as redes sociais e investigando quem são os autores desses virais e notícias levianas, que servem apenas para causar pânico à população”, disse.

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