quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Um reforço bem inusitado para o Papão

Um reforço bem inusitado para o Papão (Foto: Fernando Torres)
O veterano Vélber vai vestir a camisa bicolor em 2016. Contratação teve caráter “humanitário”. (Foto: Fernando Torres)
Enquanto a imprensa esportiva inteira aguardava a chegada do novo executivo de futebol, uma grande surpresa apareceu em meio às novidades na Curuzu. Vélber, meio-campista que jogou no mesmo Payandu nos anos dourados de 2002 e 2003, foi anunciado pelo presidente do clube, Alberto Maia, como novo reforço do clube para 2016. Embora ninguém tenha entendido bem a contratação, o caráter do contrato, segundo ele, é meramente “humanitário”.
Vélber, hoje com 37 anos de idade e há pelo menos três anos sem atuar profissionalmente, fez parte de uma das épocas mais gloriosa de toda história bicolor. Ao lado de Robgol e Iarley, arrastou tudo o que o Papão disputou na época: Campeonato Paraense, Copa Norte, Copa dos Campeões e participou da histórica campanha na Libertadores, incluindo a vitória por 1 a 0 sobre o Boca Junior, em La Bombonera.
Da origem humilde na Tuna Luso, Vélber passou pelo Clube do Remo, brilhou no Papão e depois seguiu por São Paulo, onde foi encostado graças a um desentendimento com o “todo poderoso” Rogério Ceni. De lá, a carreira entrou em declínio e ele acabou no mesmo Paysandu, em 2009, sem nenhum destaque. “O Paysandu vem se tornando um clube mais humano, portanto, tomamos a decisão de contratar o Vélber, que já fez muito com a camisa do Paysandu e daremos as condições para que ele inicie bem”, avaliou o presidente bicolor Alberto Maia.
Vélber vai disputar o estadual deste ano e sonha em reviver os dias de glória ou pelo menos com um recomeço profissional, para esquecer a mancha na vida pessoal, devido à prisão, em maio deste ano, pelo atraso no pagamento de pensão alimentícia. 
De volta ao futebol, onde mostrou, no passado, muita qualidade, o veterano quer se despedir dos gramados em grande estilo, se possível batendo recordes. “O meu pensamento é bater o recorde do Zé Roberto (41 anos). Eu me cuido para isso, e eu não me acho velho para estar jogando futebol. Enquanto tiver na minha cabeça, a gente prepara o nosso corpo para ficar condicionado e deixa o resto tudo para o homem lá de cima”, avalia o novo atleta bicolor.
(Luiz Guilherme Ramos/Diário do Pará/Pararijos NEWS)

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