domingo, 3 de janeiro de 2016

Em Macapá, ex-presidiário morto teria sido executado por PMs, diz família

Jeovandro de Oliveira Maciel estava cumprindo prisão domiciliar, Macapá, Amapá, morte, (Foto: Fabiana Figueiredo/G1) 
Jeovandro de Oliveira Maciel estava cumprindo
prisão domiciliar (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)
Familiares do ex-presidiário Jeovandro de Oliveira Maciel, de 36 anos, afirmam que a morte dele teria sido uma execução de militares. A vítima morreu com três tiros no peito, segundo a Polícia Militar (PM), durante confronto com o Batalhão de Rádio Patrulha Motorizado (BRPM), na sexta-feira (1º), em Macapá.
A Polícia Militar informou esperar que a família entre com pedido de investigação na corregedoria da corporação.
De acordo com o pai de Jeovandro, Gilberto de Melo Maciel, de 67 anos, a vítima estava dormindo em casa, ao lado da mulher e da filha de dois meses, quando policiais chegaram à residência.
“Estão contando uma grande mentira. O rapaz [Jeovandro] estava dormindo despido, chegaram lá, mandaram ele se vestir, ele vestiu a roupa, colocaram-no de joelhos e deram três tiros no peito dele. Muita covardia”, relatou o pai.
Gilberto de Melo Maciel afirma filho foi executado por policiais, Macapá, Amapá, crime, (Foto: Fabiana Figueiredo/G1) 
Gilberto de Melo Maciel afirma que filho foi executado
por policiais (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)
O Batalhão de Rádio Patrulha Motorizado (BRPM) informou na sexta-feira que Jeovandro era foragido do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) e que morreu em uma troca de tiros com policiais. Ele teria praticado um assalto a um estabelecimento comercial no mesmo bairro onde foi morto. Após uma denúncia anônima, policiais teriam feito o cerco.
A família confirma que Jeovandro respondia a processo por homicídio, mas desconhece os crimes ligados a assaltos e furtos, conforme informados pela polícia. Familiares também disseram que o suspeito estava em prisão domiciliar. Jeovandro Maciel atuava como mototaxista auxiliar legalizado.
Para tentar provar a troca de tiros, segundo o pai, os policiais teriam atirado duas vezes na porta da casa e uma vez numa moto. Ele também disse que na casa não havia armas, munições e nem drogas, material que a polícia informou que foi apreendido na ação.
O comandante da PM do Amapá, Carlos Souza, informou ao G1 que a investigação do envolvimento dos policiais no suposto crime deve ser solicitada pela família, através de um pedido na corregedoria da instituição militar. Ele acrescentou que em 2015, apesar das suspeitas de populares, nenhum policial foi condenado por execução no Amapá. (Pararijos NEWS)

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