terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Norte fica em último no ranking do Enem 2013

Norte fica em último no ranking do Enem 2013 (Foto: Cezar Magalhães/DOL)
O Pará está entre as piores avaliações da prova do Enem do ano passado, da Redação à Matemática (Foto: Cezar Magalhães/DOL)
















O baixo investimento na educação do Pará mostrou seus reflexos no ranking das das escolas com melhor desempenho no Enem 2013.
Para se ter uma idéia, a escola melhor avaliada no ranking ocupa a 382ª posição: o colégio Equipe, seguindo pelo Tenente Rego Barros (617ª) e o colégio Marista (900ª). Nenhuma delas é estadual. Já pior, a São José, é estadual e fica em Marabá, no sul do Pará, uma das regiões esquecidas pelo governo. A escola está entre as últimas da lista, na posição 14.709.
Já a região Norte ficou em último lugar no ranking. Das 100 escolas que estão no ranking, apenas uma é do Norte. Já a região Sudeste concentra 77 escolas entre as 100. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (22) pelo Inep, órgão do Ministério da Educação responsável pelo exame.
Destas, 28 ficam em São Paulo, 23 no Rio de Janeiro e 22 em Minas Gerais. No ano anterior, essa concentração era ainda maior, com 84 escolas entre as 100 melhores.
O Nordeste fica em segundo lugar no ranking, com 17 escolas entre as 100 melhores na avaliação. Em seguida, aparecem as regiões Centro-Oeste (três escolas), Sul (duas escolas) e Norte (uma escola).
A escola com o melhor desempenho no exame no país é o colégio Objetivo Integrado, que fica na capital paulista. A unidade, que pertence à rede particular e também liderou o ranking no ano anterior, teve média de 741,94 na nova avaliação.
Para calcular as médias das escolas, a reportagem considerou as quatro provas objetivas do Enem - linguagens e códigos, matemática, ciências humanas e ciências da natureza.
Ao todo, 14.715 escolas compõem o ranking. Entre as 100 escolas com melhor desempenho no Enem, 93 são da rede particular.
Outras seis são federais e uma é estadual (o instituto de aplicação Fernando Rodrigues da Silveira, da UERJ, em 99ª posição do ranking).
Uma novidade entre os dados do Enem neste ano é a avaliação por nível socioeconômico, indicador composto pela média do nível socioeconômico dos seus alunos. Neste caso, todas escolas que estão entre as 100 melhores possuem alunos com nível “muito alto” ou “alto”.


REDAÇÃO
Em todo o país, 4,9 mil escolas tiveram média abaixo de 500 na nota da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2013.
Elas representam pouco mais de um terço (33,87%) do total de 14,7 mil escolas, cujos resultados foram divulgados hoje (22). Com essa nota, tais instituições são classificadas no nível 1, o mais baixo, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela prova.
Em relação ao desempenho individual, mais da metade dos alunos de 3,9 mil escolas tiveram nota inferior a 500 - nota mínima exigida para que o aluno obtenha o certificado de conclusão do ensino médio. A nota máxima é 1 mil.
Na outra ponta, apenas 16 escolas tiveram 800, ou mais, na média da nota da redação, o que corresponde ao nível 5, o maior na escala do Inep. No total, 9,1 mil escolas tiveram alguma porcentagem de estudantes no nível 5. Apenas 39 tiveram mais da metade dos alunos nesse nível.
A redação é a única parte do exame em que os alunos têm de escrever. As demais provas são de múltipla escolha. Em 2013, o tema da redação foi Efeitos da Implantação da Lei Seca no Brasil.
A correção da prova de redação avalia cinco competências: domínio da norma padrão da língua escrita; compreensão da proposta de redação; capacidade de selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista; conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação; elaboração de proposta de intervenção para o problema abordado, respeitados os direitos humanos.
Neste ano, o Inep acrescentou novos componentes na divulgação das notas, o nível socioeconômico e a formação docente. Além da média dos 30 melhores estudantes da instituição.
Nas escolas em que mais da metade dos estudantes ficou no nível 1, a maior parte dos alunos têm nível socioeconômico médio baixo ou médio. Esse indicador é calculado a partir do nível de escolaridade dos pais e da posse de bens e contratação de serviços pela família dos alunos.
Para o presidente do Inep, Francisco Soares, de modo geral, os resultados são semelhantes aos de anos anteriores. “A seleção tem excelentes alunos e tem alunos com baixo desempenho, como em qualquer levantamento. O que existe de novo é que estamos qualificando [os resultados].”
Segundo ele, o nível socioeconômico é importante para que posam ser desenvolvidas políticas para melhorar o aprendizado.
(Diário do Pará)

Nenhum comentário:

Postar um comentário