terça-feira, 11 de novembro de 2014

Polícia investiga mortes de 3 pessoas da mesma família, em Belém


Cinco criminosos abriram fogo contra mãe, filho e sobrinho. Criança de quatro anos foi poupada pelo bando.
Mãe, filho e sobrinho foram assassinados, por volta das 5 horas da tarde
de ontem, na rua Santo Onofre, no conjunto Abelardo Conduru, no bairro do Coqueiro. Cinco homens chegaram ao local em um carro prata, arrombaram a grade de ferro e, em seguida, a porta de entrada. Cada vítima levou três tiros dentro de um dos quartos da casa. Uma menina de quatro anos testemunhou o crime.
Adriana Leão dos Santos, de 32 anos, os filhos de 15 e quatro anos e o sobrinho Diego da Silva, de 22 anos, dormiam quando foram surpreendidos pelos criminosos dentro da casa. Os invasores colocaram os três em um quarto antes de abrir fogo. Já a criança de quatro anos foi colocada no outro quarto da residência alugada pela família.
O tenente Valino, do 6º Batalhão da Polícia Militar (BPM), foi o primeiro a chegar ao local no crime. Ele contou que viu alguns vizinhos na frente da casa e, dentro do imóvel, encontrou os três corpos em um quarto. No outro quarto, a criança estava chorando. “A menina chorava bastante. Nós a retiramos e entregamos para uma pessoa da família”, afirmou o policial.
Moradores da área disseram que escutaram muitos disparos e ficaram com medo de sair de casa. Ninguém quis dar detalhes à imprensa, mas com a polícia algumas pessoas comentaram que viram um carro prata, mas não identificaram a placa nem o modelo do veículo. “É uma situação que assusta a todos, por isso, as pessoas preferem não comentar”, explicou o tenente Valino.
A equipe da Divisão de Homicídios e policiais da seccional da Cidade Nova estiveram no local. Parentes e amigos disseram à polícia que Adriana morava naquela residência havia aproximadamente sete meses. Antes, ela morava no bairro do Curió-Utinga, onde havia se envolvido com o tráfico de drogas. Ela resolveu se mudar para o Coqueiro depois que levou um tiro na perna durante um atentado ocorrido no Curió-Utinga. 
“Eu não sei realmente se ela teve envolvimento com o tráfico, mas ela tinha um comércio que a polícia invadiu à procura de droga. Mas até hoje não sei dizer o que ocorreu de fato”, disse o irmão da vítima, que não quis informar a identidade. O sobrinho de Adriana, Diego, era suspeito de envolvimento em um homicídio. “Ele foi investigado e absolvido, não tinha mais nada contra ele”, completou o tio do rapaz.
A polícia foi informada que Adriana tinha envolvimento com um policial, mas não foi dito se ele era militar ou civil. Moradores da área em que as mortes ocorreram também contaram que, na semana passada, a casa de Adriana foi revistada por policiais da Ronda Tática Metropolitana (Rotam). 
O triplo homicídio deve ser investigado pela Divisão de Homicídios, em parceria com a seccional da Cidade Nova. Os delegados Eduardo Rollo e Davi Raiol, que estiveram no local dos assassinatos, afirmaram que perceberam indícios de crime motivado pelo tráfico. 
A polícia pretende coletar imagens registradas por câmeras de segurança de estabelecimentos naquela área para esclarecer o ocorrido. Quem tiver informações sobre o triplo homicídio pode entrar em contato com a polícia por meio do Disque-Denúncia (181). A ligação é gratuita e o denunciante não precisa se identificar.
Policia Civil 

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