quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Parentes de pescadora que caiu em fosso de elevador cobram apuração do acidente



O corpo de Regiane Teixeira da Silva foi velado ontem, na residência dos pais dela 
A pescadora Regiane Teixeira da Silva, de 32 anos, será sepultada hoje, no cemitério do Tapanã. A família da mulher, que caiu no fosso de um elevador do edifício comercial Comendador Pinho, na tarde de anteontem, ainda busca explicações. Perplexos e indignados, os parentes esperam que as circunstâncias do acidente sejam apuradas e que o responsável seja identificado. Os policiais civis da seccional do Comércio devem concluir o inquérito em 30 dias.
A delegada Flávia Leal, que preside o inquérito, disse que hoje o síndico do edifício prestará depoimento à polícia. As perícias do corpo e do elevador foram solicitadas e, inicialmente, nenhuma possibilidade será descartada, inclusive a de homicídio, que é a hipótese mais remota. Se for comprovado que a morte de Regiane resultou de falha humana, o responsável poderá ser indiciado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). No caso de falha mecânica, criminalmente, ninguém poderá ser responsabilizado. “Nesse último caso, de falha mecânica, o que a família pode buscar é a responsabilização civil, que resulta no pagamento de uma indenização. Nós temos 30 dias para concluir o inquérito e determinar as causas para a morte da vítima”, explicou a delegada.
Imagens do circuito de segurança do prédio também foram solicitadas. Os funcionários do edifício, testemunhas do acidente e familiares da vítima serão convocados para depor. De acordo com a delegada, de agosto até este mês, somente na área do centro comercial de Belém, foram registrados três acidentes com mortes envolvendo elevadores.
O corpo da vítima foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) ontem à tarde. O velório foi realizado na casa dos pais da pescadora, no bairro da Pratinha II. O irmão mais novo de Regiane, Giovane Teixeira da Silva, disse que os familiares estão indignados com a falta de explicações. Eles ainda não foram procurados pela administração do edifício. Poucas horas após a morte de Regiane, Giovane e outra irmã foram até o local do acidente, mas acabaram expulsos. “Eles fugiram da família. Nós somos humildes, mas não bichos. Desde o momento que ocorreu eles não nos comunicaram nada. Minha irmã era nova e com saúde, com uma vida pela frente. Merecemos uma explicação”, desabafou.
A mãe da vítima, Maria Firmina da Silva, contou que uma prima dela passava pelo local e viu Regiane ser socorrida. “Ela foi quem ligou avisando e minhas filhas foram para o hospital. Eu não conseguia acreditar que aquilo tinha acontecido. Meu coração está magoado, ferido e triste. Só Deus para me dar forças”.
Regiane era casada e deixou três filhas adolescentes. Ela passava a maior parte do ano na cidade de Chaves, no Marajó, e foi ao edifício para renovar o cadastro no Sindicato dos Pescadores de Chaves.
O acidente - Regiane da Silva acionou o elevador no edifício comercial Comendador Pinho, localizado no bairro da Campina, mas não percebeu que a cabina não estava no lugar e caiu no fosso. A pescadora estava no quinto andar e a queda foi de aproximadamente 15 metros. A mulher foi socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada ao Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, mas não resistiu aos ferimentos. (Pararijos NEWS)

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