O Brasil ocupa a 7ª posição no
ranking mundial entre os países que mais cometem crimes contra a mulher.
E o Pará é o 10º Estado do país em registros desses casos. O Tribunal
de Justiça do Pará (TJ/PA) calcula que tramitam no Judiciário paraense
cerca de 18 mil ações envolvendo esse tipo de violência. Por causa de
números como esses, há 9 anos foi criada a lei Maria da Penha (nº
11.340), que está em vigor desde o dia 7 de agosto de 2006.
Para marcar os 9 anos de criação
da lei e tentar reduzir esse quantitativo de violência, o TJ/PA promete
acelerar nesta semana a tramitação das ações judiciais de crimes de
Violência Doméstica e Familiar. Nesse período, cerca de mil audiências
estão agendadas para ocorrer em todo o Estado. Segundo a desembargadora
Vera Araújo, titular da Coordenadoria Estadual de Mulheres em Situação
de Violência Doméstica, a maioria dos processos são de crimes de ameaça e
de lesão corporal.
A abertura da programação da
campanha aconteceu no auditório Agnano Lopes, no Fórum Cível de Belém e
contou com a presença juízes e de autoridades da Secretaria de Segurança
Pública do Estado do Pará (Segup), Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB/PA), Fundação Pro Paz, Delegacia Especializada de Atendimento à
Mulher, Defensoria Pública e Ministério Público do Pará, parceiros do
TJPA no combate a violência contra a mulher.
Durante esta semana, para chamar a
atenção do tema, o prédio-sede do TJPA, na avenida Almirante Barroso,
será iluminado na cor lilás. A ação é coordenada pela ministra Carmen
Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF). Paralelo a isso, será assinado
na próxima sexta-feira, um termo de cooperação técnica com a Secretaria
de Estado de Segurança Pública (Segup) criando a chamada “Patrulha
Maria da Penha”. O projeto consiste na formação de um contingente
composto por 20 policiais militares, que atuarão na defesa dos direitos e
proteção às vítimas e seus familiares.
Os PMs seriam treinados pelos
juízes das Varas de Violência Doméstica na forma de abordagem e
atendimento às vítimas. “A medida que o juiz achar necessário que aquele
processo pode ser acompanhada pela Patrulha. Esta irá fazer o
cumprimento a medida protetiva que foi deferida. Ao serem acionados,
eles irão até a residência do casal para verificar se a medida está
sendo cumprida.”, explicou a desembargadora.
(Diário do Pará/Pararijos NEWS)
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