Foto: O Liberal/Arquivo
As chuvas sofrerão redução entre 10% e 50%, no mês de agosto, em 90%
do território paraense, em relação à média registrada por cada uma das
40 estações no Estado, devido às condições adversas para o
desenvolvimento de nuvens. A previsão é do 2º Distrito de Meteorologia
do Instituto Nacional de Meteorologia no Pará (Inmet-PA) e foi divulgada
ontem de manhã. No entanto, a capital e pontos localizados, como
Marudá, ainda terão chuvas dentro da média histórica, em função do
corredor de umidade oriundo do Oceano Atlântico.
O Inmet prevê que, em geral, o mês será marcado por céu com pouca
nebulosidade de manhã e à tarde. No decorrer do dia, deve ocorrer
aumento gradativo da nebulosidade e pancadas de chuvas, segundo o chefe
do 2º Distrito de Meteorologia do Inmet Pará, José Raimundo Abreu.
Segundo ele, os oceanos são responsáveis por situações de adversidade
climática: a temperatura da superfície do mar, próximo à costa do Peru e
do Equador, está bem aquecida, o que indica intensificação do fenômeno
El Niño Oscilação Sul, iniciado em maio passado e interfere na
ocorrência de chuvas no Estado.
Abreu explicou que, mesmo com o fenômeno em andamento, houve
favorecimento de condições climáticas regidas pelo Atlântico Norte,
cujas águas aquecidas estão muito próximas do Pará, e pelo Atlântico
Leste, onde anomalias postivas ao leste do Brasil apresentam
temperaturas até 3ºC acima da média e influenciam na formação de linhas
de nuvens causadoras de chuvas de fim de tarde ou início de noite.
A Região Metropolitana de Belém deve se preparar para a maioria das
manhãs de agosto ensolaradas e céu azulado. Devido ao aquecimento da
superfície, haverá a formação de nuvens-cúmulos a partir do meio-dia,
com possíveis pancadas de chuva à tarde. A previsão do Inmet é que 20
dos 31 dias de agosto tenham chuva, contra 24 dias de julho e que a
temperatura máxima média seja de 33ºC, com pico de 34º em três ou quatro
dias. Já a mínima ficará entre 22º e 24º.
Para o Marajó, as temperaturas máximas terão média de 31º. Devido às
brisas do oceano, temperaturas altas até 40 quilômetros de distância da
praia são incomuns. A mínima deve ficar entre 23º e 34ºC.
Os municípios do nordeste paraense, exceto as áreas litorâneas de
Bragança e Salinópolis, terão temperatura máxima média de 35º e em
alguns pontos, como Paragominas, Rondon do Pará e Cametá, poderá chegar a
34º. A mínima será de 23º a 25ºC. Quanto ao centro-oeste (Altamira e
Porto de Moz), a temperatura média prevista é de 34º, com pico de 36º,
enquanto que a mínima ficará entre 23º e 25ºC.
Já o sudeste do Estado apresentará temperatura máxima média de 35º e
mínima de 22º a 24º. No sul, a máxima média será de 36º e a mínima entre
21º e 23º. No oeste paraense (Santarém, Monte Alegre e Óbidos), a
estimativa é de temperatura máxima média de 34º e mínima entre 22º e
25º.
Segundo Abreu, a maior parte do Estado, com exceção de Belém, teve
chuvas abaixo da média histórica, em julho. A capital tem a média
histórica de 155,5 milímetros e o total de chuva no mês foi de 172,2
milímetros - aumento considerado normal dentro do desvio médio. “Pela
estatística 10% está dentro do desvio médio para cima ou para baixo e
Belém ficou 5% acima da média”, esclareceu. Dos 31 dias do mês, 24 foram
marcados por chuvas de fraca a moderada intensidade. A maior chuva foi
de 41,6 milímetros, em 2 de julho. As maiores temperaturas, em Belém,
foram registradas nos dias 16 e 17 (33,6º) e a menor no dia 2 (31,3º).
Segundo ele, já houve temperaturas maiores em anos anteriores, de até
34º.
As maiores temperaturas do Pará foram registradas no sul: Conceição
do Araguaia, São Félix do Xingu e Redenção atingiram até 38ºC. Como de
hábito, a região apresentou baixos índices pluviométricos e baixa
umidade relativa do ar, porque a massa de ar seco predominante inibiu a
formação de nuvens e a maior radiação chegando à superfície. As menores
temperaturas variaram entre 22º e 24º. “O Estado tem dimensão
continental e uma variabilidade intensa do clima. Aqui mesmo em Belém
vários bairros apresentam temperaturas maiores, dependendo da
nebulosidade que redistribuem a radiação do sol”, concluiu.
(Pararijos NEWS)
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