Cerca de 2.200 pessoas estão acampadas próximas a Ferrovia Carajás e ameaçam bloquear o local (Foto: Reprodução)
Grupos do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra das principais frentes do Pará continuam
acampados às margens da Ferrovia Carajás, em Parauapebas no sudeste
paraense.
A movimentação vem acompanhando diversas
manifestações que vem acontecendo em todo o Brasil desde segunda-feira
(3) quando o MST invadiu o prédio do Ministério da Fazenda, no Distrito
Federal, na manhã desta segunda-feira (3) em protesto por reforma
agrária.
De acordo com o coordenador nacional do MST,
Alexandre Conceição, o grupo também protesta contra o ajuste fiscal
elaborado pelo governo de Dilma Rousseff.
Ele afirma que o contingenciamento de verbas
do governo retira recursos que poderiam ser investidos na reforma
agrária. O MST estima que a verba destinada a reforma agrária caiu de R$
3,8 bilhões para R$ 1,6 bilhão.
Diante da falta de diálogo e da resposta aos
movimentos sociais, trabalhadores do MST de Belém, Marabá, Eldorado dos
Carajás, Curionópolis, Tucumã e Xinguara estão acampados entre os
assentamentos Palmares I e II a 11 quilômetros de Parauapebas e ameaçam
ocupar a Ferrovia Carajás por tempo indeterminado, caso os governos
federal e estadual não mantenham diálogo.
Entre as reivindicações locais dos acampados
em Parauapebas, eles esperam que o governo não faça cortes drásticos no
orçamento para o setor, aceleração do processo de desapropriação das
áreas ocupadas, funcionamento da SR-27, a superintendência de Marabá,
que continua em greve, mas sucateada atrapalhando o andamento das
políticas nas áreas de assentamento e a situação se agravou com o
envolvimento de servidores no programa Terra Legal, acusados de formação
de quadrilha.
Segundo Pablo Nery, porta-voz do movimento,
as cerca de 2.200 pessoas que estão acampadas no local ameaçam ocupar os
trilhos naquele perímetro se não houver negociações com o governo
estadual ou federal.
“Estamos aguardando respostas dos
governantes e da Jornada Mundial que está em Brasília, se eles mandarem,
nós invadiremos”, disse ele. “A nossa intenção é garantir que a nossa
pauta seja cumprida”, destacou ele.
(Pararijos NEWS)
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