A revista “Veja” publicou matéria no último fim de semana sobre a
decisão da presidente do Brasil, em cortar o número de ministérios,
segundo a revista, com o objetivo de atender a “apelos pelo enxugamento
da máquina e redução de gastos públicos”, a presidente Dilma Rousseff
decidiu dar aval a um corte no número de ministérios, segundo o jornal
“O Estado de S. Paulo” - atualmente, o governo conta com 38 ministros.
Dilma encomendou um estudo sobre a redução de pastas em março deste ano
e, desde então, a discussão ganhou corpo no Palácio do Planalto, que
pretende poupar do novo desenho os ministérios da área social, ligados a
movimentos identificados com o PT.
A matéria diz ainda que Pesca e Aquicultura e Gabinete de Segurança
Institucional (GSI), além das secretarias de Assuntos Estratégicos,
Portos e da Micro e Pequena Empresa, podem ser extintos ou fundidos com
outras pastas, segundo integrantes do governo ouvidos pela reportagem.
Por outro lado, as secretarias de Igualdade Racial, Mulheres e Direitos
Humanos serão preservadas para não irritar a militância de movimentos
sociais que ainda apoiam o governo. O novo organograma ainda está em
discussão.
De acordo com a publicação, auxiliares palacianos, no entanto,
divergem sobre o “timing” do anúncio da reforma, em um momento em que o
governo tenta pacificar a base, reduzir as tensões no Congresso e
garantir a aprovação das medidas do ajuste fiscal. Partidos da base
aliada perderiam cargos e influência nas decisões do governo com o
enxugamento da máquina.
A “Veja” lembra que na época em que Gleisi Hoffmann (PT-PR) comandava
a Casa Civil (2011 a 2014), o Planalto já havia encomendado um estudo
de redução de ministérios, mas com receios da repercussão entre
movimentos sociais, a proposta não foi levada adiante. Prevaleceu a
percepção de que secretarias como Direitos Humanos e Igualdade Racial
carregavam uma importância simbólica, além de terem um impacto irrisório
na redução de custos. “O principal sinal, agora, é o de modernizar a
gestão. Um governo desse tamanho, com muita gente e muita coisa para
lidar, não está funcionando”, disse um ministro do governo.
De acordo com a publicação semanal, a redução de pastas é cobrada
publicamente pelos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), como gesto do governo num contexto em
que tenta aprovar uma série de propostas impopulares no Congresso, que
aumentam impostos e restringem o acesso a benefícios. Os dois foram os
principais articuladores de derrotas do Planalto no primeiro semestre.
A revista anunciou que Dilma iria se reunir ontem, no Palácio da
Alvorada, com líderes e presidentes dos partidos da base aliada, o
chamado conselho político, em mais um esforço para alinhar sua base no
Congresso e garantir a governabilidade. Pedirá compromisso com a
responsabilidade fiscal, apoio para aprovar medidas de interesse do
governo e desarmar bombas fiscais, num movimento similar ao feito na
semana passada durante reunião com governadores de todo o País.
(Pararijos NEWS)
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