(Foto: Celso Rodrigues )
O grande dia de um
casamento ou a festa de 15 anos são momentos únicos que ficam marcados
na vida de qualquer pessoa. Mas alguns cidadãos tiveram o sonho
transformado em pesadelo. E o grande culpado teria sido Augusto Cézar
dos Santos Queiroz, de 48 anos. Ele é suspeito de enganar pelo menos 10
pessoas prometendo eventos sem realizá-los. Algumas vítimas só
descobriram a farsa poucas horas antes da festa. Além do prejuízo
financeiro, muitas famílias ficaram traumatizadas e se sentiram lesadas
moralmente.
Augusto já teria realizado diversos
eventos com sucesso e, por isso, era indicado pelas clientes, como foi o
caso da costureira Márcia Carvalho, de 39 anos. Ela confiou no homem
depois que participou do aniversário de uma amiga e o contratou para
realizar a festa de 15 anos das filhas gêmeas, em setembro deste ano. A
mulher pagou R$ 5 mil cobrado pela empresa ‘Augusto Recepções’, mas só
descobriu que havia caído no golpe no dia da festa. “Até as 5 da tarde
ele dizia que estava chegando para arrumar, mas não apareceu. A minha
sorte foi que havia contratado algumas coisas de outras pessoas. Foi um
sufoco”, relata.
Outra vítima foi a pedagoga Margarida de
Souza, que o contratou para organizar a festa de casamento da sua
filha, em janeiro deste ano. Margarida diz que pagou R$ 7 mil e nunca
imaginou que seria enganada. “Uma hora antes do casamento, ele não tinha
aparecido nem atendia minhas ligações. Tivemos de improvisar para não
passar vergonha diante de convidados, que vieram de outros Estados”,
afirma Margarida.
As vítimas denunciaram o golpe na
Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe). Diante disto, a
Polícia Civil passou a investigar o caso nos últimos 3 meses. De acordo
com o delegado Neyvaldo Silva, em maio deste ano, a Justiça já havia
expedido mandado de prisão preventiva contra Augusto por estelionato.
Ele também estava sendo investigado em outros inquéritos pelo mesmo
crime, porém não era encontrado.
Na última quarta-feira, os policiais
receberam informação sobre o paradeiro do suspeito, que foi encontrado
na casa de um amigo, no bairro da Pedreira, em Belém. Ainda segundo o
delegado, o promotor de eventos cobrava entre R$ 4 mil e R$ 10 mil pelos
serviços e chegou a praticar o golpe em Belém, Mosqueiro e Altamira,
onde morou por algum tempo. O diretor da Dioe revela que dificilmente as
vítimas terão o valor ressarcido. Augusto foi encaminhado ao Sistema
Penal e deverá responder por estelionato. Ele preferiu não falar sobre
as acusações.
(Michelle Daniel/Diário do Pará/Pararijos NEWS)
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