Participam do evento a coordenadora Geral de Bens Imóveis do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Érica Diogo; o coordenador Geral da Amazônia Legal da Superintendência do Patrimônio da União (SPU), Fernando Campagnoli; a superintendente do IPHAN, no Amapá, Juliana Morilhas Silvani; o prefeito municipal de Serra do Navio, José Maria Lobato; a presidente da CRF-UFPA, Marlene Alvino; e o coordenador geral do Projeto e da CRF-UFPA, André Montenegro; além da participação de arquitetos, engenheiros, assistentes sociais, advogados, especialistas em Tecnologia da Informação e acadêmicos da instituição federal de ensino.
O Projeto de Regularização Fundiária e Cidadania: Valorização Histórica, Urbanística e Ambiental de Serra do Navio é uma parceria firmada entre a UFPA, o IPHAN, a SPU, a Prefeitura de Serra do Navio e a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp). Ele tem o objetivo de garantir o direito social à moradia, assegurando a titulação das casas e dos terrenos em nome dos moradores, além de valorizar o patrimônio histórico e promover melhores condições para o desenvolvimento municipal.
Social - A consultora da CRF-UFPA, Maria do Carmo da Silva, informa que no dia 12 de agosto, a partir das 9 horas, haverá uma contextualização institucional do projeto, composto por várias etapas executivas previstas para serem concluídas em abril de 2016, além do detalhamento dos encaminhamentos definidos em Brasília, em 2014. O projeto conta com um investimento de R$ 681 mil do IPHAN-Amapá.
Em seguida, a consultora e assistente social do projeto, Érica Laina, abordará o processo de formação e instituição do Grupo de Trabalho Municipal de Acompanhamento da Regularização Fundiária (GTM), além de detalhar o Plano de Ação e Mobilização da comunidade. “O GTM é composto por servidores, membros do setor privado, representantes da sociedade civil e dos Poderes Executivo e Legislativo. O grupo representa o empoderamento da comunidade no processo de regularização”, destaca Érica.
Topografia - A partir das 14 horas, haverá a Palestra “Os desafios e aspectos topográficos para a regularização fundiária em terras tombadas pelo patrimônio histórico”, que será proferida pela engenheira e consultora da CRF-UFPA, Elaine Angelim. “Os pontos geodésicos que demarcam a poligonal de Serra do Navio foram fixados na região por volta de 1950. Nas primeiras ações de campo, realizadas em julho passado, para a execução do levantamento topográfico, encontramos pontos localizados dentro do Rio Amapari e da mata fechada, ampliando os desafios da topografia nas cidades da Amazônia Legal. Superada esta etapa, a regularização avança para a execução do cadastro físico-social, que permitirá um levantamento das condições socioeconômicas dos moradores, bem como um detalhamento dos imóveis existentes na cidade”, sinaliza.
Em seguida, Gabriel Outeiro, o consultor jurídico do projeto, falará sobre os aspectos jurídicos da regularização fundiária em áreas de tombamento. Segundo ele, a UFPA desenvolveu a sua experiência de regularização atuando, inicialmente, em áreas públicas em Belém e no interior do Pará. Em Serra do Navio, segundo ele, como a área é pública, porém tombada pelo patrimônio histórico, isso exige outro olhar jurídico conforme a legislação brasileira. “É importante acentuar que a transferência das terras e as normas de preservação do patrimônio tombado ainda não foram transferidas pela SPU para o cartório de Serra do Navio e para a Prefeitura Municipal, ampliando os desafios”, alerta o consultor.
No segundo dia do evento, 13 de agosto, pela parte da manhã, haverá um debate com os participantes sobre “As perspectivas e horizontes do Projeto de Regularização Fundiária e Cidadania”, que será mediado pela consultora Maria do Carmo da Silva. Na parte da tarde, a partir das 14 horas, serão debatidas e sistematizadas as deliberações referentes à experiência da regularização em terras tombadas como patrimônio público.
Comunicação - Encerrando a oficina, haverá a apresentação de um trabalho fotográfico demonstrando a importância da imagem como um registro histórico das etapas do processo de construção da regularização em Serra do Navio e, ao mesmo tempo, denunciando, mais uma vez, a contradição histórica sobre a exploração das riquezas naturais brasileiras. “Na década de 90, quando o manganês acabou, a Indústria e Comércio de Minérios (Icomi) deixou o buraco e nenhuma contrapartida para a sustentabilidade e a preservação da cidade. A fotografia documentará, ainda, gradativamente, a participação efetiva e pactuada da comunidade na preservação histórica, urbanística e ambiental da cidade, além de sistematizar as etapas para a conquista da segurança jurídica da posse da terra, do direito social à moradia e sinalizar novos caminhos para a retomada do desenvolvimento municipal”, assinala o jornalista Kid Reis, assessor de comunicação do projeto.
(Pararijos NEWS)
Nenhum comentário:
Postar um comentário