(Foto: Reprodução)
A violência contra animais é
um crime federal. Dentre os casos mais comuns na Região Metropolitana
de Belém (RMB) estão os maus tratos contra os animais domésticos (cães e
gatos) e em seguida contra os animais de tração.
Somente no primeiro semestre de 2015, já
foram autuadas 25 pessoas acusadas deste tipo de crime. A Delegacia de
Repressão a Crimes Contra a Fauna e Flora, da Divisão Especializada em
Meio Ambiente (Dema) alerta os donos ou futuros donos de um animal de
estimação, a respeito das responsabilidades para garantir a qualidade de
vida do seu cão ou gato.
O animal não precisa apenas da comida e água
diariamente. Ele também precisa da vacinação, vermifugação, atenção
constante, um ambiente saudável e limpo.
De acordo com o delegado Marcos Lemos, um
dos problemas mais comuns são as pessoas, ou mesmo famílias, que adotam
os animais de estimação por impulso, por achar bonito quando são
filhotes, mas quando o animal cresce, eles o abandonam por não ter mais
os mesmo atrativos de quando eram filhotes.
“Enquanto ele é novo, a família acha o
animal interessante, engraçado, atraindo a atenção das crianças
principalmente. Depois quando este animal envelhece e aparecem algumas
doenças características da idade e da raça, as pessoas descartam este
animal como se fosse lixo”, diz o delegado.
Em julho, um cão da raça pastor alemão com
uma idade aproximada de 12 anos foi jogado vivo, amarrado em um saco
plástico, em um entulho de lixo no canal de Visconde de Inhaúma, no
bairro da Pedreira.
O animal, que também era tetraplégico foi resgatado por uma ONG, mas estava muito debilitado e não sobreviveu.
O responsável por este crime já foi
localizado e responderá por maus tratos contra animais domésticos,
previsto na Lei de Crimes Ambientais, e pode receber a pena de três
meses a um ano de prisão.
As denúncias podem ser feitas direto a Dema
pelo número 190. Vídeos e fotos que mostrem situações de maus tratos
serão avaliados durante a investigação, mas é necessário que uma equipe
especializada da delegacia, acompanhada de um veterinário, verifique as
condições de higiene do local e as condições de saúde do animal.
ANIMAIS DE TRAÇÃO
Basta andar pelas ruas da capital paraense
para reconhecer uma cena comum: animais de tração magros puxando
carroças sobrecarregadas.
Geralmente exaustos, cavalos, burros e jegues ficam amarrados ao sol, com pouca água e comida.
O resultado são animais doentes, abandonados
nas ruas, vítimas do trabalho abusivo e acabam oferecendo risco de
contaminação para outros equinos.
Uma das doenças que afetam estes animais é a anemia infecciosa equina, que pode ser comparada a Aids nos seres humanos.
Os animais ficam sem defesas no organismo e
enfraquecem até morrer. É uma doença que pode ser transmitida de um
animal para outro, mas não passa para os seres humanos.
Os animais que são apreendidos após as
denúncias são encaminhados para a Universidade Federal Rural da Amazônia
(Ufra), que mantém um projeto para cuidar dos animais e orientar os
novos carroceiros para a utilização correta dos animais no trabalho de
tração.
LEGISLAÇÃO
A Lei Nº 9.605, de 12 de fevereiro de
1998 prevê os crimes contra fauna e flora, sendo aplicada também para
os animais domésticos.
DENÚNCIA
As denúncias de maus tratos devem ser
relatadas no número 190. Todas as provas (imagens ou vídeos) podem ser
apresentadas à Delegacia de Meio Ambiente para averiguação. Telefones:
(91) 3238-3132 e 1225
(Pararijos NEWS, com informações da Agência Pará)
Nenhum comentário:
Postar um comentário