(Foto: Fernando Araújo)
Enfermeiros,
técnicos de enfermagem e servidores que dão suporte aos atendimentos no
PSM do Guamá paralisam as atividades hoje por 12 horas. Das 8h até as
20h, eles se reúnem em frente à unidade de saúde para pedir melhores
condições salariais e de trabalho. A categoria disse que manterá 30% do
atendimento funcionando.
Segundo uma das coordenadoras do
Sindsaúde, Miriam Andrade, a categoria quer chamar atenção da prefeitura
e do Governo do Estado. Para ela, tanto os trabalhadores quanto a
população passam por situações desumanas no hospital. “Os servidores
estão num estresse total. As condições de trabalho são as piores
possíveis”. A pauta de reivindicações da categoria inclui Plano de
Cargos, Carreiras e Remuneração; concurso público; vale-alimentação para
todos os trabalhadores e a equiparação de salário dos funcionários do
PSM do Guamá com os do PSM da 14.
DRAMA
DRAMA
Sentada em uma estreita escada
móvel, de dois degraus, utilizada para os pacientes subirem nas macas, a
dona de casa Rubia Mara Miranda, 49, aguardava desde as 13h a chegada
de um neurologista no PSM do Guamá. Rubia estava com o lado direito do
corpo adormecido. Os pés e as mãos formigavam. A filha, Kellen Luana de
Miranda, 27, se sentia indignada. Ela conta que no corredor lotado e nas
enfermarias não havia espaço para a mãe se acomodar e tomar a
medicação. A senhora teria se sentido mal na manhã de ontem, quando
voltava do posto de saúde, no Conjunto Satélite. Ela teria ido marcar
uma consulta de rotina. No caminho de volta para casa, dentro do ônibus,
ela passou mal. O esposo, Pablo Lobo Monteiro, 36, precisou levar Rubia
até a Unidade de Saúde da Marambaia, mas ela desmaiou no local e foi
transferida para ao Hospital Gaspar Vianna, na travessa Alferes Costa,
bairro da Pedreira. Segundo a filha, nada pôde ser feito e a
encaminharam ao PSM do Guamá. “Isso é um descaso total.”
Kellen conta que os funcionários
do PSM informaram que o neurologista chegaria às 15h, depois às 18h.
Porém, até por volta das 20h Rubia não havia sido atendida.
(Renata Paes/Diário do Pará/Pararijos NEWS)
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