Com a utilização de uma
impressora 3D, equipe de cirurgiões conseguiu reconstruir maxilar
destruído de paciente (Foto: Divulgação)
Marabá entra para a história
da medicina moderna apresentando a primeira cirurgia realizada na
região sudeste do Pará, utilizando um protótipo de crânio feito em
impressora 3D.
O Hospital Regional do Sudeste do Pará Dr.
Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá fez a reconstituição da mandíbula do
paciente Marcos da Silva Santos, vítima de um acidente com uma
espingarda calibre 20, na zona rural de Jacundá.
Ele deu entrada no hospital no dia 30 de janeiro deste ano e desde então foram realizadas três cirurgias.
O primeiro passo para construção do
protótipo foi através de exames de tomografia computadorizada e
ressonância magnética realizados em Marabá e enviados para Brasília,
onde foi realizada a fabricação do modelo anatômico, reproduzindo a
mandíbula do paciente.
Segundo o médico cirurgião buco maxilo
facial, Antônio José Pimenta Chaves, que realizou o procedimento, da
forma tradicional a cirurgia demoraria até cinco horas, mas durou apenas
1h30 minutos.
Anteriormente, ele pode estudar a anatomia
sólida e fazer a dobradura da placa de titânio de 2.4 milímetros, em um
processo que durou outras 3 horas.
“Utilizamos a prototipagem rápida, através
de um protótipo feito por impressão 3D, ou seja, fizemos a tomografia,
mandamos pra outra região pra que fizesse o protótipo”, acrescenta
Antônio Pimenta.
O cirurgião Antonio Pimenta, o
paciente Marcos e mãe dele, Tereza da Silva Santos comemoram o sucesso
da cirurgia (Foto: divulgação)
A cirurgia também necessitou do apoio da
ortopedia, onde foi retirado o osso do ilíaco do paciente para enxertar
no queixo, procedimento realizado pelo ortopedista Flávio Moreira Viana
de Rezende.
“A gente atuou na parte de fixação da
mandíbula e na retirada de enxerco da bacia ilíaca para ser colocado na
mandíbula”, explica.
O paciente ainda irá passar por outras cirurgias, apenas por questões estéticas.
Segundo o Diretor do HRSP, Valdemir Girato, a
cirurgia abriu portas para que outros procedimentos possam ser
realizados com a tecnologia de prototipagem.
“Queríamos fazer essa primeira junto com a
equipe médica pra ver a evolução e tentar fazer novas cirurgias desse
porte”, conclui.
(DOL/Pararijos NEWS com informações Jessika Ribeiro/Diário do Pará)
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