Durante a reunião, secretário tentou se justificar, mas não conseguiu convencer a ninguém (Foto: Daniel Costa)
As secretarias de Saúde
do Estado (Sespa) e do Município (Sesma) terão até o próximo dia 25 para
encaminhar à promotoria de Justiça de Direitos Constitucionais
Fundamentais e dos Direitos Humanos um posicionamento sobre os vários
problemas relacionados ao funcionamento do Hospital Pronto-Socorro
Municipal Humberto Maradei Pereira, o PSM do Guamá. As irreegularidades
foram duramente expostas, ontem, por entidades de classe e
representantes de trabalhadores, numa reunião que durou quase 4 horas na
sede do Ministério Público (MP).
No caso da Sesma, o órgão terá de
apresentar solução e prazos para cumprimento das mesmas no que se refere
ao conserto dos elevadores do hospital (um deles está há mais de 10
anos apresentando problemas, ficando na maioria do tempo parado); reparo
imediato no sistema de oxigenação (tubulação) para atender pacientes,
disponibilização de roupas e lençóis limpos para pacientes da unidade;
de medicamentos e material de uso diário na unidade, além de
dimensionamento de pessoal e reorganização de escalas de trabalho para
melhorar as condições e evitar a sobrecarga de trabalho de médicos,
enfermeiros e técnicos de enfermagem.
Já a Sespa terá de apresentar um
relatório detalhando de que forma o Estado está ajudando para aliviar a
demanda no PSM do Guamá, que triplicou a quantidade de atendimentos e
internações desde que o PSM da 14 de Março pegou fogo, na última semana
de junho. Os relatos de quem trabalha na unidade impressionaram a todos
na reunião.
Rosana Oliveira, coordenadora geral da
Associação dos Servidores da Saúde no Município de Belém (Assesamub)
disse que desde 2013, a gestão de Zenaldo Coutinho tenta resolver de
maneira atrapalhada a delicada questão da saúde na capital. “Falam em
reformas, ampliações investimentos... Mas nos últimos dois anos foram
feitos pequenos reparos para resolver problemas pontuais. Todos os
equipamentos instalados, como tomógrafos e aparelhos de raio-x já
estavam previstos para aquisição desde a gestão passada e só foram
instalados agora”, revela.
Ela diz que se as mudanças feitas pela
gestão atual tivessem surtido efeito, o HPSM da 14 de Março não tinha
pegado fogo. “Pegou fogo porque não tinha extintor para debelar pane
elétrica, que só foi colocado no dia seguinte ao incêndio”, assegura.
Ela criticou ainda as condições insalubres de trabalho dos servidores.
“Muitos trabalhadores adoecem nos dois psm’s. Já tivemos servidores com
pneumonia e até tuberculose”.
(Diário do Pará/Pararijos NEWS)
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