A estimativa do secretário Giovani Queiroz é de que recursos para pequenos negócios dobrem (Foto: Alberto Bitar)
O Ministério do
Trabalho e Emprego quer aumentar a participação do Pará no Programa
Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO). Criado em 2005, o
plano atende a empreendedores individuais que podem obter empréstimos de
até R$ 15 mil para pagamento em 24 meses.
Os recursos saem do sistema
financeiro (os bancos são obrigados a destinar 2% dos depósitos) e do
Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). No ano passado, o programa
movimentou cerca e R$ 12 bilhões, mas o Pará ficou com apenas R$ 116
milhões. “Precisamos chegar a pelo menos R$ 300 milhões ainda neste
ano”, diz o secretário de Política Pública de Emprego (SPPE) do
ministério, Giovani Queiroz.
Os dados do governo mostram que os
estados do Nordeste têm concentrado 50% do PNMPO, graças a ação do
Banco do Nordeste. No Pará, os bancos oficiais têm feito poucos
investimentos por meio do microcrédito. Para aumentar a demanda por
empréstimos e facilitar o acesso aos recursos, foi realizado em Belém um
seminário com líderes comunitários, secretários municipais responsáveis
pela política de emprego e renda e representantes de bancos. “Estamos
aqui para mudar essa realidade. Queremos que mais empreendedores tenham
acesso ao dinheiro”, diz Queiroz.
Ele explica que os recurso podem
ser usados para montagem de pequenos negócios como salão de beleza,
carrinhos de lanche, oficinas para conserto de motores de barco, entre
outros. “Em momentos de crise, as pessoas correm para o mercado informal
e esse tipo de financiamento se torna ainda mais fundamental”, afirma o
coordenador do Departamento de Estatística e Estudos Sócioeconômicos
(Dieese/Pará), Roberto Sena.
Durante o seminário, a equipe do
ministério apresentou também o programa Jovem Aprendiz, que prevê a
contratação de 5% de jovens de 14 a 24 que estejam cursando ou tenham
concluído o ensino médio. Eles trabalham quatro horas por dia e têm mais
duas destinadas à formação. O programa já atendeu a cerca de cinco
milhões e jovens. Desses, 80% conseguem emprego logo após saírem do
programa.
(Diário do Pará/Pararijos NEWS)
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