No Pará, 600 mil aposentados e
pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) serão
beneficiados com antecipação do pagamento da primeira parcela do 13°
salário. Nos anos anteriores, o benefício foi concedido no fim de agosto
e início de setembro. Este ano, porém, a presidente Dilma Rousseff
ainda analisará como será efetuado este pagamento. Uma das
possibilidades é incluir na folha de setembro, para chegar ao aposentado
em outubro.
No início da semana passada, o
Ministério da Previdência Social e a Secretaria de Comunicação da
Presidência da República disseram que não haveria antecipação, sob o
argumento da falta de recursos para pagar os 32 milhões de aposentados e
pensionistas no Brasil.
REUNIÃO
REUNIÃO
Ontem, a presidente e sua equipe
econômica discutiram as datas e procedimentos do adiantamento, mas sem
definição. A aposentada Maria Madalena Oliveira, 82, será uma das
beneficiadas com a antecipação. Ela se aposentou em 1993 e desde 2006
passou a receber antecipadamente a primeira parcela do 13°.
Ela explica que todos os anos o
dinheiro é reservado para ajudar a família e um abrigo de idosos. “Todos
nós já estamos acostumados a receber. A gente já fica pensando em
comprar alguma coisa, não só para nós mesmos, mas para a família e
alguma entidade”, ressalta.
Se o dinheiro não saísse, Maria
conta que as comemorações para o Círio deste ano também ficariam
comprometidas: “Faria falta especialmente porque se sair agora já nos
prepararemos também para o Círio de Nazaré, que está perto”.
Segundo o presidente da Federação
dos Aposentados e Pensionistas, Emidio Rebelo, os beneficiários estão na
expectativa de receber o dinheiro, pois usarão para quitar dívidas e
cobrir despesas de última hora. “As pessoas estão contando com esse
adiantamento para cobrir as despesas que já fizeram. Uma grande maioria,
com certeza, fez uma prévia do que vai gastar.”
Há 9 anos o Governo Federal
antecipa o benefício. Emídio afirma que, mesmo em tempo de crise
econômica no país, é possível fazer os pagamentos. “A cota do seguro
social tem saldo suficiente para fazer esses pagamentos. Só em 2014,
houve um salto superavitário de R$ 54 bilhões”, afirma.
(Renata Paes/Diário do Pará/Pararijos NEWS)
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