
Conforme o levantamento, 33 dos 144 municípios paraenses não possuem sítio eletrônico e 92, ou seja, 64%, não têm portal da transparência. O caso mais grave é no Marajó, onde 14 dos 16 municípios não disponibilizam Portal da Transparência. Na Região Metropolitana de Belém, onde a pesquisa considerou 11 municípios, Barcarena, Marituba, Bujaru e Inhangapi ainda não cumprem a exigência, e apenas Ananindeua, Belém, Benevides, Castanhal, Santa Bárbara do Pará e Santo Antônio do Tauá disponibilizam Portal da Transparência.
Quanto às licitações, o levantamento verificou que apenas 10 dos 144 municípios paraenses divulgam os editais e apenas cinco dão transparência ao resultado desses processos licitatórios. São eles: Tailândia, Cachoeira do Piriá, Iguarapé-Açu, São Miguel do Guamá e Novo Progesso.
O cidadão também deveria ter a possibilidade de solicitar, eletronicamente, as informações que deseja, por meio do SIC Eletrônico (Serviço de Informações ao Cidadão). No entanto, apenas seis prefeituras de todo o Estado possuem o serviço: Brasil Novo, Igarapé-Açu, São João de Pirabas, Rio Maria, São Domingos do Araguaia e Chaves. Mesmo assim, o serviço não é oferecido da maneira que deveria, já que muitos portais burocratizam as informações, exigindo, por exemplo, que a pessoa envie a xerox do documento, depois de preencher uma lista com vários dados, inclusive explicando o motivo pelo qual a pessoa quer aquela informação. Tudo isso para dificultar o acesso. “A Legislação não exige nada disso que os municípios pedem”, ressaltou Marcelo Morais de Paula, analista de finanças e controle da CGU e um dos coordenadores da pesquisa, ao lado da professora Lidiane Dias, da UFPA.
Segundo ele, pela experiência que a Controladoria tem com o trabalho de capacitação aos municípios, o cenário verificado no levantamento já era esperado, uma vez que poucos gestores aderiram ao programa do órgão envolvendo acesso á informação. “Pouco mais de trinta, entre Prefeituras e Câmaras Municipais apoiaram. Por isso, a gente já esperava esse cenário de falta de transparência”, observou.
O Liberal
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