Um estudo da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação,
Ciência e Cultura) divulgado ontem mostra que no Brasil mais de 60% dos
alunos do quarto ano do ensino fundamental têm desempenho entre muito
ruim e regular em leitura e matemática.
Já em ciências, a avaliação foi feita com alunos do sétimo ano e
diagnosticou que 84% dos estudantes têm desempenho de muito ruim a
regular.
O Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Terce) avaliou o
desempenho em matemática, leitura e ciências naturais de 134 mil
estudantes do quarto e do sétimo ano de 3.200 escolas do Brasil e de
mais 14 países da América Latina: Argentina, Chile, Colômbia, Costa
Rica, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai,
Peru, República Dominicana, Uruguai e o estado mexicano de Nuevo Leon.
Segundo o estudo, no Brasil, 64,26% dos estudantes do quarto ano
ficaram entre muito ruim (2,60%), ruim (17,19%) e regular (44,47%) em
leitura. Os outros 35,74% ficaram entre bom e muito bom. O desempenho
dos alunos do sétimo ano foi melhor, com 50,7% entre muito ruim e
regular em leitura.
Já na avaliação de matemática, 61,40% dos alunos do quarto ano
ficaram entre muito ruim (3,47%), ruim (25,82%) e regular (32,11%). Os
outros 38,20% ficaram entre bom e muito bom. Já no sétimo ano, menos da
metade dos alunos avaliados (48,38%) ficou entre muito ruim (0,30%),
ruim (9,32%) e regular (38,68%). A maioria dos alunos do sétimo ano
ficou entre bom e muito bom em matemática.
O desempenho em ciências mostra um grave problema de aprendizado nos
alunos do ensino fundamental. Apenas 15,66% dos estudantes conseguiram
conceitos bom e muito bom. A grande maioria (84,34%) ficou entre muito
ruim (5,20%), ruim (34,45%) e regular (44,69%).
Segundo nota técnica do Instituto Nacional Estudos e Pesquisas
Educacionais (Inep), o estudo Terce “é uma etapa no processo educacional
no qual políticas públicas baseadas em evidências, constatadas de forma
sistemática, podem fazer a diferença para o futuro de alunos
provenientes de entornos vulneráveis, buscando assim a equidade do
sistema”.
UNESCO
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