O beneficiado fica
livre de cumprir o restante da pena e de outras medidas judiciais, como
se apresentar à Justiça periodicamente. (Foto: Divulgação)
Um decreto
assinado pela presidente Dilma Rousseff, chamado de indulto natalino,
publicado nesta quinta-feira (24), pode beneficiar condenados pelo STF
(Supremo Tribunal Federal) no mensalão, como o ex-ministro José Dirceu
(Casa Civil), os ex-deputados João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar Costa
Neto (PR-SP), o delator do esquema Roberto Jefferson e o ex-tesoureiro
do PT Delúbio Soares.
Pelas regras do indulto, o beneficiado
fica livre de cumprir o restante da pena e de outras medidas judiciais,
como se apresentar à Justiça periodicamente.
O indulto está previsto na Constituição e é tradicionalmente concedido pelo presidente da República no Natal e leva em consideração critérios que são pré-estabelecidos pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, ligado ao Ministério da Justiça.
O indulto está previsto na Constituição e é tradicionalmente concedido pelo presidente da República no Natal e leva em consideração critérios que são pré-estabelecidos pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, ligado ao Ministério da Justiça.
Entre as regras para o perdão estão
cumprimento da pena em regime aberto, condenações menores que oito anos,
não reincidentes e se reincidentes, desde que tenham cumprido um quarto
da pena.
No caso do mensalão, os políticos, que
estão presos desde novembro de 2013, poderão ser beneficiados, segundo
advogados, porque tiveram penas inferiores a oito anos, estão em regime
aberto e já cumpriram cada um mais de dois anos de pena.
A concessão do benefício não é
automática. Os advogados de cada um dos condenados terão que requerer o
indulto à Justiça. No mensalão, o ministro do STF Luís Roberto Barroso,
relator da execução das penas do caso, vai analisar se os requisitos
estão preenchidos.
CONDENADOS
O ex-ministro José Dirceu foi
condenado no mensalão a 7 anos e 11 meses de prisão e cumpria prisão
domiciliar quando acabou preso novamente a pedido da Justiça do Paraná
por suposta participação no esquema de desvios de recursos da Petrobras.
O petista ainda não foi condenado neste caso, que aguarda sentença do
juiz Sergio Moro, portanto, não é considerado reincidente.
O ex-deputado José Genoíno (PT-SP) e o
ex-tesoureiro do ex-PL (atual PR) Jacinto Lamas, condenados no esquema,
já receberam o benefício do Supremo, tendo penas extintas, e,
atualmente, são considerados homens livres.
A maioria dos condenados no mensalão,
esquema de desvio de recursos públicos para compra de apoio político no
Congresso no início do governo Lula, está fora da cadeia.
Continuam presos em regime fechado o
operador do esquema, o publicitário Marcos Valério de Souza, seu
ex-sócio Ramon Hollerbach e o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique
Pizzolato.
Entre os políticos, só continuam
presos Dirceu e o deputado Pedro Corrêa (PP-PE), que são acusados de
envolvimento com o petrolão. Corrêa já foi condenado a 20 anos e sete
meses de reclusão pelo juiz Sergio Moro.
(Agência Brasi/Pararijos NEWSl)
Nenhum comentário:
Postar um comentário