(Foto: Portal Pebinha de Açúcar)
A morte de centenas de
peixes e a cor turva do Rio Parauapebas chamou a atenção de moradores,
autoridades e ambientalistas nesta sexta-feira (20). Uma equipe da
Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA), acompanhada pelo Sistema
Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas (SAAEP), visitou o Rio para
fazer análise da água no intuito de descobrir o que causou tantas
mortes.
O Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio) também esteve no afluente colhendo amostras para
estudar a mortandade.
De acordo com Marcel Reges Moreira, Analista
Ambiental do ICMBio, o órgão já trabalha com algumas hipóteses, dentre
elas a possibilidade de alteração na água devido as últimas chuvas e a
poluição do Igarapé Ilha do Coco, mas que o resultado oficial só será
divulgado após exames dos materiais coletados.
“A gente sabe que a cidade tem um déficit de
saneamento básico, principalmente às margens do Igarapé Ilha do Coco,
como vínhamos de um longo período sem chuvas com o nível do rio baixo e
pouca oxigenação, qualquer precipitação mais forte pode trazer esse
material poluente”, declara o analista.
“O Rio Parauapebas é um dos principais
pontos de captação de água da cidade e ainda existe uma população que
vive da pesca. Isso causa preocupação tanto à saúde das pessoas e aos
possíveis danos à Floresta Nacional de Carajás, que é a nossa principal
área de atuação”, enfatiza Marcel, acrescentando que o órgão tem o poder
de multar se houver prejuízo à floresta e à fauna se for comprovado que
não foi um dano natural. “Se ficar comprovado pelas análises que foi
algo provocado por alguém ou por empresas, vamos tomar as providencias
cabíveis”.
A moradora Rosa Silva Costa reside no
município há 33 anos e diz que foi a primeira que viu algo deste tipo no
rio. “É uma tristeza muito grande para todos nós e que ainda é um
mistério. O rio é tão poluído que ninguém pode tomar banho, todo esgoto é
jogado aqui”, lamenta a moradora.
(Foto:Portal Pebinha de Açúcar)
Ainda em relação ao caso, o ICMBio orienta
que as pessoas que não consumam os peixes e evitem nadar na água do rio
que nomeia a cidade.
Em nota, a prefeitura disse que trata-se de
uma situação isolada e que todas as providências estão sendo tomadas
para resolver o caso.
“A Secretaria Municipal de Meio Ambiente
(Semma) enviou uma equipe ao local para acompanhar a situação, bem como
acionou a equipe do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas
(Saaep) para realizar análises físico-químicas da água.
Pelo apurado no local, trata-se de uma
situação isolada. A partir do resultado das análises, é que o motivo da
morte dos peixes poderá ser esclarecida.
Todas as providências estão sendo tomadas para resolver o caso”.
Nota da mineradora Vale:
“A Vale esclarece que cumpre todas as
normas técnicas e requisitos legais vigentes na implantação dos seus
projetos. Toda prática é monitorada com uso de equipamentos e equipe
especializados e os resultados estão de acordo com os parâmetros
exigidos. A empresa informa que não há qualquer relação entre o fato de
haverem sido encontrados peixes mortos no rio Parauapebas e as
atividades de implantação do Ramal Ferroviário”.
(Pararijos NEWS, com informações do Portal Pebinha de Açúcar)
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