O
empresário e pecuarista José Carlos Bumlai é escoltado por policiais
federais ao deixar o Instituto de Ciência Forense em Curitiba. Bumlai
foi preso na 21ª etapa da Operação Lava Jato (Foto: Rodolfo
Buhrer/Reuters)
A defesa do pecuarista José Carlos Bumlai, preso pela 21ª fase da Operação Lava Jato,
pediu à Justiça Federal que ele seja dispensado da sessão da CPI do
BNDES marcada para terça-feira (1º) na Câmara dos Deputados. Segundo os
advogados, o empresário não irá responder as perguntas dos deputados.Bumlai está detido em Curitiba desde terça-feira (24) por ser suspeito de ter envolvimento no esquema de fraudes, corrupção e desvio de dinheiro na Petrobras. O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) afirmam que Bumlai utilizou contratos firmados na estatal para quitar empréstimos junto ao Banco Schahin.
A prisão ocorreu no mesmo dia que ele deporia na CPI do BNDES. O empresário é suspeito de ter intermediado empréstimo de R$ 60 milhões do BNDES para o Banco Schahin. O dinheiro seria usado para pagar dívidas de campanha do Partido dos Trabalhadores (PT).
Bumlai nega.
Diante da prisão, a oitiva foi transferida para a semana seguinte, com a autorização do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações penais no âmbito da Lava Jato na primeira instância.
Ao requerer a dispensa, a defesa argumentou que ele ficará calado diante das perguntas dos parlamentares.
“De tal forma, seu deslocamento para Brasília, às custas do Estado, só trará gastos desnecessários à máquina pública e em nada contribuirá para os trabalhos daquela CPI”, diz trecho da petição protocolada pela defesa do pecuarista.
Bumlai e a Lava Jato
O Ministério Público Federal e a Polícia Federal afirmam que Bumlai utilizou contratos firmados na Petrobras para quitar empréstimos junto ao Banco Schahin. O dinheiro destes financiamentos era destinado ao PT.
O principal empréstimo em investigação na 21ª fase era de R$ 12 milhões e teve o valor elevado para R$ 21 milhões devido aos acréscimos. A dívida, de acordo com o Ministério Público Federal, foi perdoada, e a irregularidade foi mascarada com uma falsa quitação no valor inicial do empréstimo.
Em troca, empresas do grupo Schahin conquistaram, sem licitação, o contrato de operação do navio-sonda Vitória 10.000, ainda conforme o Ministério Público Federal.
Para justificar ao Banco Central a falta de pagamento, o banco Schahin efetivou um novo empréstimo em nome de uma empresa do pecuarista. Foi criado um falso contrato entre o empresário e fazendas do grupo Schahin. (Pararijos NEWS)
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