A prefeita afastada Elza Rebelo é acusada de várias irregularidades (Foto: Divulgação)
A juíza Shérida
Keila Pacheco Teixeira Bauer, da comarca de Marapanim, indeferiu os dois
mandados de segurança impetrados pela defesa da prefeita afastada do
município, Elza Edilene Rebelo de Moraes (PRB) para que retornasse ao
cargo. A defesa agravou a decisão ao Tribunal de Justiça do Estado
(TJ-PA). Um dos recursos já foi julgado e a desembargadora Ednéa Tavares
manteve a decisão de primeiro grau. Caberá ao desembargador Leonardo
Tavares julgar o outro recurso.
Elza Edilene Rebelo foi afastada
por 90 dias do cargo em sessão plenária da Câmara Municipal de Marapanim
no último dia 4 após 9 dos 11 vereadores da Câmara decidirem apurar
graves irregularidades em licitações para coleta de lixo, contratação
superfaturada de escritório para prestação de serviços jurídicos e de
empresa para transporte escolar dos alunos do município, que constam em
denúncia protocoladas por moradores na Câmara.
Durante esse período uma Comissão
processante investigará a fundo administração da prefeita. Se ao final
dos trabalhos as denúncias forem confirmadas e for caracterizado ato de
improbidade administrativa, a Câmara pode cassar o mandado de Elza
Rebelo em definitivo.
As denúncias dos moradores constam
do relatório de fiscalização realizada pela Controladoria Geral da
União (CGU) realizada no município no ano passado. O documento aponta
várias ilegalidades cometidas pela gestão de Elza Rebelo, comprovando,
segundo as denúncias protocoladas na Câmara, “de forma inequívoca a
prática de atos de improbidade administrativa e infrações
político-administrativas”. As irregularidades da atual gestão em
Marapanim também constam e relatório de fiscalização feito pelo Tribunal
de Contas dos Municípios (TCM).
BENS BLOQUEADOS
BENS BLOQUEADOS
Segundo a vereadora Inês Rosa,
presidente da Câmara Municipal de Marapanim, a CGU e o Tribunal de
Contas dos Municípios encontraram várias irregularidades na gestão de
Elza Edilene que segundo ela, é um caos. “Durante dois anos a prefeita
afastada impediu fiscalização da Câmara Municipal”, ressalta. “Ela não
obedeceu a nenhuma convocação da casa para prestar esclarecimentos e
chegou a entrar com um mandado de segurança na Justiça para não ser
convocada a falar”. Segundo a vereadora, esse foi o motivo do
afastamento pela casa legislativa.
Elza Edilene Moraes também está
com seus bens bloqueados pela Justiça. A decisão liminar foi proferida
no último dia 20 de junho pela juíza Shérida Bauer, que acatou
parcialmente ação e improbidade administrativa impetrada pela promotora
do município, Síntia Quintanilha Bibas Maradei em fevereiro passado. A
partir de denúncias, o MP aponta na ação 17 irregularidades cometidas
pela prefeita. A promotoria de Marapanim já impetrou sete ações contra a
prefeita Elza Edilene Rebelo de Moraes: duas por improbidade e quatro
ações civis públicas, envolvendo, sobretudo, problemas na área de defesa
e proteção de menores, abandonada na cidade. A Justiça já decidiu em
cinco dessas ações, todas desfavoráveis ao município.
(Luiz Flávio/Diário do Pará/Pararijos NEWS)
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