Os movimentos sociais que foram às ruas defender o governo contra o
impeachment da presidente Dilma Rousseff ameaçam agora mudar de postura e
partir para a ofensiva contra o Palácio do Planalto caso a atual gestão
corte programas sociais, reduza investimentos em áreas estratégicas e
elimine ministérios, como defendem aliados da presidente no Congresso.
As informações são da Agência Estado.
A ameaça vem no momento em que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy,
defende intensificar os cortes e a criação de impostos para cobrir o
rombo de R$ 30,5 bilhões no Orçamento de 2016. Na quarta-feira, Dilma
reafirmou seu compromisso de cumprir o superávit primário, o que
contraria a “pauta popular”.
As pressões dos movimentos sociais, base do PT, englobam
descontentamentos de setores ligados à moradia, estudantes, educação e
cultura. Com isso, Dilma vê ainda mais reduzida sua margem de manobra
para sair da crise, espremida entre as reivindicações dos empresários,
do Congresso, que exige corte de gastos para negociar novos impostos, e
agora de seus aliados históricos - únicos a ocupar as ruas neste ano
para defendê-la e atacar o que chamam de “golpe”, os protestos
pró-impeachment. Em momentos agudos, como no escândalo do mensalão, em
2005, o governo do PT recorreu, com sucesso, aos movimentos sociais.
(Pararijos NEWS)
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