A aceitação do novo pacote fiscal do governo federal não será fácil nem mesmo entre os parlamentares da base aliada da presidente Dilma Rousseff. Ontem, um dia após o anúncio das medidas pelos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, em reunião da presidente Dilma Rousseff com deputados governistas, no Palácio do Planalto, houve uma discussão ríspida entre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF), sobre a condução da política econômica. A discussão foi relatada ao portal G1 pelo próprio Rosso e pelo líder do PR, Maurício Quintela Lessa (AL).
De acordo com parlamentares presentes e o próprio Rosso, a troca de farpas gerou mal-estar e teve que ser interrompida pelo ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. O líder do PSD afirmou que a discussão começou quando ele criticou a política econômica do governo, dizendo que não bastava conter gastos sem estimular a produção e a competitividade do setor empresarial. Segundo Rosso, Levy não gostou e iniciou uma “briga feia”.”Ele se ressentiu e travou uma briga feia comigo. Ele falou que o rebaixamento da nota de investimento do Brasil pela Standard & Poor’s também foi problema do Congresso”, contou o líder do PSD.
O deputado disse que rebateu a transferência de responsabilidade para o Legislativo e sugeriu que Levy saísse de “férias” para melhorar a situação econômica do país. “Eu disse: ‘eu li em inglês o relatório da agência de risco, que fala em deterioração fiscal. Inclusive, eu sugiro que o senhor saia um mês de férias e coloque um desenvolvimentista, para ver se a nota não melhora’”, relatou o líder do PSD.
(Pararijos NEWS)
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