Amanhã está marcada a eleição que escolherá o novo presidente e o
novo Conselho Deliberativo do Clube do Remo. Mas, a escolha do novo
mandatário azulino corre o risco de não se encerrar amanhã. Ontem, a
juíza Rosana Lúcia de Canela Bastos, que responde pela 1ª e 4ª Varas
Cíveis de Belém, concedeu liminar à Chapa 2, encabeçada por Pedro
Minowa, contra o clube, garantindo que a votação de amanhã tenha a mesma
quantidade de votantes da eleição do dia 8 de novembro, que foi
anulada. Ou seja, 1.276 sócios aptos, em dia com o clube. Sem contar com
os sócios remidos.
Na quarta-feira à noite, os advogados da chapa de oposição no Remo,
Hamilton Guedes e Nelson Tupinambá, deram entrada no TJE-PA (Tribunal de
Justiça do Estado do Pará) com duas ações. Uma, a Ação Anulatória com
pedido de liminar para que Minowa fosse proclamado vencedor da primeira
eleição, foi remetida para a 6ª Vara, onde ação semelhante já havia sido
retirada. A segunda, a Ação de Nulidade da decisão do presidente da
Assembleia Geral, Robério D’Oliveira, para que somente os votantes do
primeiro pleito fossem mantidos para o segundo, foi atendida pela
magistrada em caráter liminar.
FAVORECIMENTO
De acordo com Hamilton Guedes, a anulação da primeira votação e seus
desdobramentos, principalmente a manutenção de Zeca Pirão no cargo de
presidente, deram subsídios para que as ações fossem oficializadas.
“Essa eleição do Clube do Remo está jogando fora a possibilidade de ser
histórica. Mas, há um claro propósito da Assembleia Geral em beneficiar a
Chapa 1. Anular a primeira eleição e prorrogar o Pirão no cargo foi um
claro favorecimento”, disse o advogado.
A ação defende que somente os que tiveram direito a voto sejam
mantidos. “A lei entende que deve haver os mesmos eleitores da primeira
eleição. A Assembleia Geral vai ter que se manifestar o quanto antes”,
afirmou Tupinambá. “As regras do jogo têm que ser as mesmas do pleito
anulado. Os eleitores têm que ser os mesmos”, completou Guedes.
Na manhã de ontem, o vice-presidente do Remo e candidato à
vice-presidência pela Chapa 1, Marco Antônio Pina, esteve no Tribunal de
Justiça para saber como anda o processo. Segundo Pina, em entrevista à
rádio Liberal CBN, a Chapa 2 se utilizou de uma manobra jurídica para
tentar impedir que as eleições marcadas para amanhã. “Entendemos que é
um ato de desespero. Muito embora a Chapa 2 tenha protocolado o pedido
de desistência (do processo que pedia a validade da primeira eleição),
eles não poderiam protocolar outro processos sem que a ação de
desistência tenha sido julgada pelo juiz da 6ª vara”.
G1-Pará
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