Um
vídeo com imagens pornográficas envolvendo supostamente um vereador do
município de Apuí, a 453 quilômetros de Manaus, é a principal prova que a
Polícia Civil tem para investigar um crime de pedofilia na Internet
contra duas adolescentes de 15 e 16 anos. Sem revelar rostos, o vídeo
mostra um homem, possivelmente membro da Câmara Municipal de Apuí, em
ato sexual com duas garotas da cidade.
Localizada
no extremo sudeste do Estado, por onde passa a rodovia BR-230 (a
Transamazônica), a cidade de Apuí foi tomada desde quarta-feira (12)
pela divulgação do vídeo, por meio de celulares e redes sociais. Desde
então, o titular da 71ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), delegado
Francisco Rocha, abriu um inquérito para investigar o caso.
“O
vídeo já está sendo periciado para verificar a autenticidade dele ou se
há alguma edição fraudulenta. Mas o inquérito corre em caráter
sigiloso, por se tratar de menores de idade”, avisou o delegado. Em um
dos vídeos, com 11 segundos de duração, é possível ver apenas uma menina
praticando sexo oral em um homem adulto.
Em
outro arquivo, este com 1 minuto e 19 segundos, as imagens foram feitas
dentro de um veículo e mostram o vereador aos beijos com uma jovem
seminua, que veste apenas uma calcinha e está com os seios à mostra. Ela
pede para não ser fotografada, apesar da insistência do homem, que
aparece por apenas alguns segundos enquanto beija a jovem . “Eu não vou
tirar foto. Tira esse celular agora”, desbrava a garota, citando o nome
do vereador.
Até
agora, a polícia teve acesso aos dois vídeos. Conforme o delegado,
vítimas e testemunhas já prestaram depoimento no último sábado e domingo
(15 e 16), mas o vereador não é encontrado na cidade desde sexta-feira
(14), data em que foi emitida sua convocação. “Há fortes indícios de
crime por parte do vereador. Esta semana iremos nos manifestar”, disse
Rocha.
Na
Câmara Municipal de Apuí, ele não foi mais visto. “Estou tentando falar
com ele desde sábado. Ele é um vereador atuante”, disse o presidente da
Câmara, vereador Wagner da Silva Luiz da Silva. Conforme o parlamentar,
o órgão só falará sobre o caso após notificação. “Assim que chegar algo
formalizado, a Casa se pronunciará", finalizou.
Estatuto
A
prática de ato sexual com pessoas entre 14 e 18 anos não é crime.
Entretanto, “produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou
registrar cena de sexo explícito ou pornográfica com criança ou
adolescente” é configurado crime, conforme artigo 240 do Estatuto da
Criança e do Adolescente, com prisão de quatro a oito anos e multa para o
infrator.
(http://acritica.uol.com.br)
Nenhum comentário:
Postar um comentário