O Estado do Pará é um mercado muito
importante para as empresas portuguesas que estão buscando a
internacionalização e tende a se tornar, em futuro próximo, numa
alterativa bastante atraente para novos investimentos.
A afirmação foi feita ontem, em Belém, pelo
presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), Paulo Nunes de
Almeida, ao participar, no auditório da Federação das Indústrias, de uma
reunião de trabalho com a participação de empresários e autoridades de
governo do seu país e também do Pará.
Paulo Nunes de Almeida observou que a
atuação de investidores portugueses no Brasil está hoje excessivamente
concentrada em São Paulo e Rio de Janeiro. “Nós devemos ampliar os
nossos espaços e buscar novos mercados dentro do Brasil.
Este é o nosso objetivo e para isso estamos
hoje aqui no Pará”, acrescentou. O embaixador de Portugal no Brasil,
Francisco Ribeiro Telles, externou o mesmo entendimento. Além de colocar
em relevo as nossas potencialidades, ele destacou que é o Pará, talvez,
o mais português de todos os Estados brasileiros.
O evento realizado na Fiepa foi um dos itens
da agenda de compromissos da Missão Empresarial Reversa Brasil –
Portugal, que começou no dia 18 e que tem por objetivo intensificar os
negócios entre o Estado e aquele país, estreitando o intercâmbio entre
ambos e fortalecendo o fluxo bilateral de comércio.
Os empresários portugueses chegaram a Belém
no início da semana. Ontem, o evento teve a participação de autoridades
do governo de Portugal. Além do embaixador, esteve presente também o
secretário de Estado e Negócios Estrangeiros e Cooperação daquele país,
Luís Campos Ferreira.
Além de contatos com setores do governo e
com o mundo empresarial, a programação envolve rodada de negócios,
palestras sobre investimentos para importação e exportação de produtos e
serviços, investimento em empresas brasileiras, incentivos fiscais e
financiamentos e oportunidades de negócios.
O presidente da Câmara Portuguesa de
Comércio no Brasil/Pará, Reginaldo Ferreira, assinalou que a visita da
missão portuguesa ao Pará é uma oportunidade para fortalecer a conexão
entre os dois mercados.
Ele observou que, por inadequação logística,
muitos produtos de origem portuguesa entram no Brasil pelo Sul e
Sudeste do País e chegam ao mercado paraense com preços mais altos.
“Nós precisamos eliminar esses gargalos,
criando canais diretos de comércio, intensificando os negócios e
ampliando as oportunidades de investimentos com vantagens recíprocas”,
finalizou.
(Diário do Pará)
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