Segundo o TCU, o
Governo do Estado deixou de repassar mais de R$ 1,8 milhão para a compra
de medicamentos. (Foto: Bruno Carachesti)
O Tribunal de
Contas da União (TCU) encontrou diversas irregularidades no programa
Assistência Farmacêutica Básica (AFB), nas gestões do prefeito de Belém,
Zenaldo Coutinho, e do governador do Pará, Simão Jatene. Dentre as
irregularidades, está a falta de repasse de mais de R$ 1,8 milhão, verba
enviada pelo Governo Federal ao Governo Estadual e que deveria ter sido
empregada para a compra de remédios para a população. Esse recurso, que
não foi pago por Jatene, inclui, principalmente, a compra de insulina
para diabéticos.
As informações estão no relatório de
auditoria nº 025.954/2014-8, disponível no site do TCU, e são referentes
ao período que vai de janeiro de 2013 a setembro de 2014. Os auditores
do TCU verificaram se os recursos repassados pelo Governo Federal
estavam sendo geridos de forma eficiente. O principal objetivo é evitar o
desperdício e assegurar a oferta apropriada e suficiente de
medicamentos nas unidades básicas de saúde do País.
Entre 2013 e 2014, o Governo do Estado
recebeu, do Governo Federal, R$ 13,8 milhões para a compra de
medicamentos. De acordo com a Portaria nº 1.555, de 30/7/2013, do
Ministério da Saúde, o governador é obrigado a contribuir com uma
contrapartida. Ocorre que Simão Jatene descumpriu a determinação e não
repassou o dinheiro referente à contrapartida de setembro a dezembro de
2013 e de julho a setembro de 2014, conforme consta do relatório do TCU
(veja ao lado).
O calote de Jatene atinge
principalmente os pacientes diabéticos, que dependem da insulina para
viver, tecnicamente chamados de “insulinodependentes”. O relatório do
TCU alerta para a gravidade da situação: “Há pendências relativas à
contrapartida para aquisição de insumos para os insulinodependentes”.
REPASSES
REPASSES
Segundo o TCU, os demais repasses
foram realizados com atraso. Ao todo o Governo do Pará deve, em
contrapartida para a compra de medicamentos para o cidadão, o valor
total de R$ 1,8 milhão. Segundo a Portaria que dispõe sobre as normas de
financiamento e execução do programa da Assistência Farmacêutica Básica
(AFB), financiado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a União, os
Estados e os municípios são responsáveis pela aplicação de recursos para
a aquisição dos medicamentos. A União deve cumprir com, no mínimo, R$
5,10 por habitante por ano. Os Estados se encarregam de R$ 2,36 por
habitante/ano, e os municípios, de R$ 2,36.
Pelo relatório, a Secretaria de Estado
de Saúde do Pará (Sespa) informou que havia regularizado as pendências,
mas não apresentou documentos. Por isso, o TCU, em relatório assinado
pelo ministro Benjamin Zymler, resolveu cobrar com firmeza:
“Determina-se à Sespa que promova, no prazo de 90 dias, a regularização
da integralização da contrapartida relativa ao Componente Básico da
Assistência Farmacêutica, em favor do Fundo Municipal de Saúde de
Belém”.
O QUE DIZ O TCU CONTRA JATENE
Recursos
“A não integralização da contrapartida estadual gera a insuficiência de recursos para a aquisição de medicamentos,
o que compromete
o atendimento
à população”.
Responsabilidade
“A irregularidade na contrapartida estadual inviabiliza a execução da programação, em razão da responsabilidade tripartite pelo financiamento
dessa política”.
Regularização
“Determina-se à Sespa
que promova a regularização da integralização da contrapartida estadual relativa ao Componente Básico da Assistência Farmacêutica”.
CONTRA ZENALDO
Apropriação
“Dessa irregularidade, resultam a falta de transparência e a apropriação contábil incorreta de recursos, o que dificulta a fiscalização da aplicação desses valores”.
Desperdício
“O desperdício não é evitado, nem está assegurada a oferta suficiente de medicamentos nas unidades básicas
de saúde”.
Recursos
“A não integralização da contrapartida estadual gera a insuficiência de recursos para a aquisição de medicamentos,
o que compromete
o atendimento
à população”.
Responsabilidade
“A irregularidade na contrapartida estadual inviabiliza a execução da programação, em razão da responsabilidade tripartite pelo financiamento
dessa política”.
Regularização
“Determina-se à Sespa
que promova a regularização da integralização da contrapartida estadual relativa ao Componente Básico da Assistência Farmacêutica”.
CONTRA ZENALDO
Apropriação
“Dessa irregularidade, resultam a falta de transparência e a apropriação contábil incorreta de recursos, o que dificulta a fiscalização da aplicação desses valores”.
Desperdício
“O desperdício não é evitado, nem está assegurada a oferta suficiente de medicamentos nas unidades básicas
de saúde”.
(Pararijos NEWS)
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