(Foto: Divulgação)
O Ministério dos
Portos publicou, na última sexta, duas portarias com os Planos de
Desenvolvimento e Zoneamento (PDZs) dos portos de Vila do Conde e de
Santarém. Nelas, estão as projeções de crescimento dos dois portos nos
próximos 15 anos. O cálculo é feito em função da diferença entre a
capacidade atual e da projeção de demanda até 2030. “Isso quer dizer que
os empresários que arrendarem terminais nos dois portos poderão
planejar seus investimentos para que as instalações atendam ao
escoamento da produção”, disse o Ministro dos Portos, Helder Barbalho.
Na prática, é mais segurança, tanto para
os arrendatários dos terminais, quanto para os usuários. Os portos de
Vila do Conde e Santarém receberão investimentos de R$ 1,8 bilhão, pelo
Programa de Investimento em Logística (PIL) do Governo Federal. O edital
para arrendamento de um terminal em Vila do Conde será lançado amanhã
(26), enquanto as três áreas para terminais em Santarém têm previsão
para lançamento ainda este ano.
Os PDZs e a possibilidade de
planejamento que eles trazem para os arrendatários de terminais são
frutos de uma nova forma de pensar a logística desenvolvida a partir da
criação da Lei dos Portos. Antes dela, cada Autoridade Portuária -no
caso do Estado, a Companhia Docas do Pará (CDP)-, era responsável pelo
planejamento do respectivo porto. Ou seja, a administração de cada porto
pensava exclusivamente em si, o que causava sérias distorções e deixava
empresários inseguros quanto ao retorno financeiro. Com os PDZs, o
planejamento de cada porto passa a ser integrado à política nacional de
transportes.
DEMANDAS
Hoje, o Ministério dos Portos elabora o
planejamento estratégico do setor que parte do princípio que os modais
(como hidrovias, rodovias, ferrovias) estejam conectados e formem um
conjunto funcional. Esse conjunto deve atender às demandas atuais e as
projetadas para os próximos anos, além de descentralizar o escoamento de
produtos. “Isso cria oportunidades para que o Pará atraia novas
empresas que gerem mais empregos aqui”, destaca Helder. “É mais uma ação
para acabar com aquela história de o Pará ser apenas um fornecedor de
minérios e matérias-primas que são exportadas por outros estados.
Teremos portos bem equipados e cada vez mais competitivos”.
As projeções indicam que só a soja em
Vila do Conde apresentará crescimento da ordem de 275%. E o porto de
Santarém, por sua vez, deve registrar crescimento de 300%. Os
investimentos previstos nos portos de Vila do Conde e Santarém poderão
gerar oportunidades para a indústria de construção civil e
eletromecânica, durante a implantação dos terminais, além de impulsionar
o comércio local após o início da operação. Haverá, ainda,
investimentos na exportação de grãos - como soja e milho -, que também
impulsionarão a importação de fertilizantes.
(Diário do Pará/Pararijos NEWS)
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