(Foto: Cezar Magalhães)
Trezentos
professores da rede pública municipal se reúnem hoje (21) em uma
assembleia para tratar sobre uma série de cortes feitos na folha de
pagamento de servidores do município.
Segundo o representante do Sindicato
dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp), Aldo
Rodrigues, 40% dos servidores operacionais em diversas secretarias
perderam alguns benefícios, como hora extra vinculada à gratificação por
tempo integral, vale-alimentação e outras gratificações. Isto ocorreu a
partir de um decreto instituído em agosto deste ano pelo prefeito de
Belém, Zenaldo Coutinho.
A justificativa da prefeitura, de
acordo com Aldo, foi a aplicação de uma medida de contenção que pretende
“otimizar” as despesas do município. Pelo decreto, o servidor que tirar
férias ou for beneficiado por uma licença prêmio, perderia o auxílio
alimentação que equivale a 40% dos vencimentos. O entendimento da
categoria é que isso reflete em uma punição. “Depois disso ninguém vai
querer tirar férias”, aponta Aldo.
Outros pontos a serem tratados pelos
professores serão a proposta feita pela Secretaria Municipal de Educação
(Semec) sobre a extinção do período intermediário das escolas
municipais e do estrangulamento do Ensino para Jovens e Adultos (EJA).
Ao todo, são 73 escolas vinculadas ao
município. Dessas, 23 possuem o turno intermediário, de 11h às 15h. O
professor conta que, apesar da dificuldade pedagógica do horário, a
demanda de alunos é grande para que as escolas deixem de ofertar esse
turno.
Por lei, segundo Aldo Rodrigues, uma
sala de aula deve conter no máximo 40 alunos. Mas depois que o
intermediário for extinto, o que deve acontecer no próximo ano letivo,
as salas ficariam inchadas, provocando superlotação e diminuição de
carga horária de professores.
Quanto ao EJA, a principal preocupação
da categoria é com o ensino aprendizagem de alunos. “O ritmo de
aprendizagem desse público é diferenciado. O que a Semec pretende é
criar salas polo que ficarão longe da residência do aluno. Se a evasão
já é grande no EJA, imagina se o número de turmas for enxugado ou se o
estudante for obrigado a estudar longe de casa”, avalia.
(Wal Sarges/Diário do Pará/Pararijos NEWS)
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