Segundo o Ministério Público, Maiorana Jr. alugou jatinho ao Governo Jatene de forma irregular (Foto: Divulgação)
Está se fechando o cerco
ao empresário Rômulo Maiorana Júnior. Ele poderá ter a prisão
preventiva decretada, caso continue se recusando a atender à convocação
da Justiça Militar para depor no processo que apura irregularidades no
aluguel de um jatinho de sua empresa, a ORM Air Táxi, ao governador
Simão Jatene. O negócio fechado no contrato era de cerca de R$ 2,6
milhões e tinha validade de maio de 2012 a
maio de 2013.
maio de 2013.
A próxima sessão está marcada para amanhã,
às 9h. Se não comparecer, Rômulo Jr. terá a prisão preventiva decretada,
com base no art. 420 do Código de Processo Penal Militar. Assim, o dono
do jornal O Liberal passará a ser considerado foragido da Justiça. Se
estiver fora do Brasil, poderá ser preso ao desembarcar no País. Se
tentar viajar ao Exterior, terá o passaporte confiscado.
O empresário vem sendo convocado para depor
desde agosto deste ano. Por três vezes, faltou ao depoimento. Até o
último momento Rômulo Maiorana Jr. tentava, junto ao Tribunal de Justiça
do Estado (TJE), safar-se da obrigação de prestar esclarecimentos à
Justiça. Para não ser preso em caso de ausência do depoimento, ingressou
com mandado de segurança, mas o pedido foi negado pela desembargadora
Vânia Lúcia Carvalho da Silveira. Na semana passada, Maiorana Jr.
apresentou novo recurso. Dessa vez, a negativa foi dada pela
desembargadora Maria Edwiges Lobato. Agora, o empresário terá de decidir
se atende, espontaneamente, ao chamado da Justiça ou se optará pelo
constrangimento da prisão.
Ontem, a Justiça ouviu um servidor civil da
Casa Militar, no processo que apura a fraude no aluguel do jatinho de
Maiorana Jr. ao governador Simão Jatene. Na mesma sessão, a defesa dos
réus requereu o depoimento do empresário. Agora, além da convocação do
Ministério Público Militar (MPM), ele é convocado pelos advogados que
defendem os oficiais que atuaram diretamente na contratação da aeronave
para o Governo do Pará.
ESTELIONATO
Responsáveis pelo contrato, o ex-chefe da
Casa Militar do Governo do Estado, Fernando Augusto Dopazo Noura, e o
atual ocupante do cargo, tenente-coronel César Maurício de Abreu Mello,
são acusados dos crimes de estelionato contra a administração militar e
peculato, que se configura quando o agente se apropria de um bem público
ou permite que alguém o faça.
Eles foram os responsáveis diretos pelo
contrato que, segundo apuração do Ministério Público, continha uma série
de irregularidades. “O contrato administrativo firmado entre a ORM Air
Táxi Aéreo Ltda. e o Governo do Estado não se adequou aos parâmetros
morais que vinculam a administração pública. Sucumbiu perante o
interesse do ente privado, através de um contrato fora dos padrões
mínimos da legalidade e moralidade administrativa”, citaram o promotor
Armando Brasil e o procurador Nelson Medrado, ressaltando que as
investigações revelaram “o enriquecimento ilícito e a lesão ao erário,
por meio do qual os réus se locupletaram dos cofres públicos, causando
efetivo prejuízo ao erário”.
(Diário do Pará/Pararijos NEWS)
Nenhum comentário:
Postar um comentário