Dono da ORM é
intimado a depor no processo por estelionato e peculato em contrato de
aluguel do seu jatinho ao governador Jatene. (Foto: Diário do Pará)
Intimado a depor
no processo que apura irregularidades no contrato de aluguel, pelo
governo de Simão Jatene, de um jatinho de sua empresa, a ORM Air Táxi, o
empresário Rômulo Maiorana Jr. tem feito de tudo para fugir da Justiça.
Por três vezes, faltou ao depoimento alegando problemas de saúde. Com
novo depoimento marcado para esta semana, Maiorana poderá ser caçado por
um oficial de Justiça e até algemado, caso apresente resistência.
Marcada inicialmente para a segunda-feira, 19, a sessão da Justiça
Militar para ouvir o empresário poderá ser adiada, a pedido do juiz para
a quarta-feira. O ultimato continua.
CRIMES
Não serão mais aceitas as desculpas que estão afetando o andamento do processo, onde figuram como réus oficiais da Polícia Militar (PM), assessores diretos do governador Simão Jatene. Os réus são o ex-chefe da Casa Militar do Governo do Estado, Fernando Augusto Dopazo Noura, e o atual ocupante do cargo, o tenente-coronel César Maurício de Abreu Mello.
CRIMES
Não serão mais aceitas as desculpas que estão afetando o andamento do processo, onde figuram como réus oficiais da Polícia Militar (PM), assessores diretos do governador Simão Jatene. Os réus são o ex-chefe da Casa Militar do Governo do Estado, Fernando Augusto Dopazo Noura, e o atual ocupante do cargo, o tenente-coronel César Maurício de Abreu Mello.
Os dois foram denunciados pelos crimes
de estelionato contra a administração militar e peculato - quando o
agente se apropria de um bem público ou permite que alguém o faça. Na
denúncia que resultou no processo judicial, o promotor Armando Brasil e o
procurador Nelson Medrado destacaram: “O contrato administrativo
firmado entre a ORM Air Táxi Aéreo Ltda. não se adequou aos parâmetros
morais que vinculam a administração pública. Sucumbiu perante o
interesse do ente privado, através de um contrato fora dos padrões
mínimos da legalidade e moralidade administrativa”.
Na denúncia, Armando Brasil e Nelson
Medrado afirmam que restou comprovado cabalmente o enriquecimento
ilícito e a lesão ao erário, “por meio do qual os réus se locupletaram
dos cofres públicos, causando efetivo prejuízo ao erário”. O processo
contra os oficiais assessores do governador Simão Jatene já tramita há
cerca de 1 ano. A apuração gira em torno do contrato para aluguel de um
jatinho que atenderia a Jatene nas suas viagens Brasil afora.
IRREGULARIDADES
IRREGULARIDADES
Entre as irregularidades flagradas
pelo Ministério Público (MP), estão generalidades utilizadas pela Casa
Militar para justificar a contratação da empresa, exigência contratual
de que o jato tenha, no máximo, 10 anos de uso - confrontando normas de
regulamentos aeronáuticos e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) -
e a não apresentação da planilha orçamentária com discriminação
detalhada de todos os serviços e custos dos serviços a ser contratados.
Há, ainda, total falta de controle
pela Casa Militar do Governo na utilização das aeronaves da ORM Air e na
gestão do contrato, “visto que não se sabe exatamente quem viajou nos
jatos da empresa ORM Air., nos voos decorrentes do contrato com o Estado
do Pará e pagos pelo Tesouro Estadual”, apesar do contrato obrigar o
resumo de voos após cada regresso da aeronave para programação de
pagamento. “Como a Casa Militar efetuava os pagamentos se não dispõe dos
resumos de voo contendo a relação de passageiros?” questionam os
promotores.
(Diário do Pará/Pararijos NEWS)
Nenhum comentário:
Postar um comentário