A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém tentará
pela terceira vez implantar a linha Ver-o-Peso/Icoaraci para o
transporte de passageiros por barco. A Semob diz que a linha será uma
alternativa às dificuldades no tráfego pela avenida Augusto Montenegro
por causa das obras do BRT. O Aviso Prévio de Licitação foi publicado na
terça-feira (12), dia do aniversário de 400 anos de Belém, na página 12
do caderno Poder, de O LIBERAL. “O edital vai ser publicado na próxima
segunda-feira, 18. É concorrência pública. São 45 dias úteis para ser
aberta a primeira fase. A gente espera que, até o final de março, já
esteja com o vencedor da licitação”, afirmou a superintendente da Semob,
Maisa Tobias, na tarde de ontem.
As duas tentativas anteriores não foram bem sucedidas, mas a Semob
acredita que desta vez a licitação obterá êxito, já que a Prefeitura de
Belém tem feito investimentos nos portos da capital. Segundo Maisa
Tobias, a medida se justifica como alternativa de transporte que garanta
o direito constitucional de ir e vir da população, por conta das obras
de reconstrução da avenida Augusto Montenegro. O prazo de vigência da
permissão é de 12 meses, podendo ser renovado por igual período.
Foto: Fábio Costa/Agência Pará
O barco terá capacidade para 300 passageiros. “O usuário poderá levar
a bagagem de mão e eventualmente mais alguma bagagem, tipo uma compra
no Ver-o-Peso”, explicou Maisa. Segundo ela, a Semob procurou trabalhar
novamente a possibilidade de integração fluvial, preservando o direito
de gratuidade e meia-passagem.
A primeira tentativa, feita em junho de 2014, deu “totalmente
deserta”, afirmou. Na segunda, em abril de 2015, foram duas empresas,
mas, no processo, só uma se habilitou e sem cumprir todas as exigências.
Agora, estão sendo considerandos os investimentos realizados nos portos
da Princesa Isabel e de Cotijuba. Também em parceria com o Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), em breve a prefeitura
iniciará obras no porto do Mosqueiro, disse ainda. O investimento
portuário possibilitará também investimento em serviço, acrescentou
Maísa. A ideia é expandir o serviço à medida que também forem se abrindo
possibilidades de atracação em outros portos, integrando o transporte
urbano fluvial ao transporte rodoviário, explicou. (Pararijos NEWS)
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