A verba seria
investida em reforma do Ver-o-Peso, mas o prefeito não apresentou o
projeto ao Governo Federal. (Foto: Fernando Araújo)
O mais famoso
cartão-postal de Belém, o Mercado do Ver-o-Peso, perdeu nada menos do
que R$ 2 milhões, que seriam investidos em sua reforma. E a culpa foi
justamente de quem deveria trabalhar unicamente para melhorar Belém: o
prefeito Zenaldo Coutinho. Justo no momento em que a cidade comemora
seus 400 anos de fundação, Zenaldo perdeu uma bela chance de recuperar o
maior símbolo da capital.
Os R$ 2 milhões foram obtidos pelo deputado
federal Edmilson Rodrigues (PSOL-PA), por meio de emenda parlamentar no
Orçamento Geral da União para o exercício de 2015. No dia 30 de dezembro
passado, Edmilson foi comunicado, pelo Ministério da Cultura (MinC),
que, “considerando o não fornecimento de informações básicas pela
Prefeitura de Belém para conveniamento, pelo Iphan, de emenda relativa à
recuperação do ‘Mercado do Ver-o-Peso’, torna-se inviável a manutenção
do objeto pretendido”.
PROJETO
O recado não poderia ser mais claro: Zenaldo
não enviou ao MinC as informações necessárias para receber a verba e,
por isso, Belém está completando 400 anos com o Ver-o-Peso caindo aos
pedaços. É o cúmulo do descaso. O único trabalho do prefeito seria
apresentar o projeto com as especificações técnicas de como a reforma
seria realizada, uma exigência dos órgãos federais para a liberação da
verba. Mas nem isso Zenaldo conseguiu fazer. O menos mau é que os R$ 2
milhões foram realocados para um programa ligado à manutenção de
comunidades indígenas. Mas fica o lamento de saber que o mais célebre
cartão-postal de Belém perdeu uma excelente oportunidade de ser
reformado, e sem nenhum custo aos cofres da Cidade.
Durante o ano de 2015, a Prefeitura e o
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)
divulgaram notícias sobre a reforma do Ver-o-Peso, inscrito como
candidato a Patrimônio Mundial da Unesco. As informações sempre davam
conta de que as obras estariam concluídas a tempo dos festejos dos 400
anos da cidade. Infelizmente, não deu.
(Pararijos NEWS / Carolina Menezes / Diário do Pará)
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