(Foto: Agência Brasil/Arquivo)
Os auditores fiscais
federais paralisarão as atividades da Receita Federal do Brasil (RFB)
durante três dias, a partir de desta terça-feira (12), em todo o país.
Na 2ª Região Fiscal, composta pelos estados do Pará, Amazonas, Acre,
Rondônia, Amapá e Roraima, a categoria também organiza o movimento.
A Delegacia Sindical do Pará e Amapá do
Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais (Sindifisco - DS
PA/AP) organizará a paralização nas delegacias do Pará dos municípios de
Belém, Marabá e Santarém, na Delegacia Regional de Julgamento de Belém
(DRJ) - que se pronuncia sobre os recursos de defesa dos contribuintes,
na sede da Superintendência Regional e nas aduaneiras do porto e
aeroporto de Belém.
A ação é uma resposta a retaliação do
governo a um dos líderes do movimento nacional, Levindo Jorge, e também a
intensificação do movimento devido à falta de diálogo da União com a
categoria. A ação foi definida pelo Comando Nacional de Mobilização
(CNM).
“Além da omissão da administração da Receita
Federal no sentido de solução para o movimento, que se estende há quase
um ano causando prejuízos na arrecadação tributária da União, a cúpula
ainda age de forma a reprimir o nosso movimento dentro da Receita que
luta pela valorização do cargo de auditor e da administração tributária
da União”, disse o presidente da DS-PA/AP, Sérgio Pinto.
“São rápidos em reprimir, mas não falam nada
sobre o corte de orçamento da Receita de mais 600 milhões que
comprometerá ações importantes do órgão como combate à sonegação e
proteção às nossas fronteiras”, complementou.
A retaliação ao auditor Levindo Jorge, o
coordenador do Comando Nacional de Mobilização (CNM), que está à frente
do movimento dos auditores, ocorreu pela não renovação ao cargo de
julgador da DRJ de Juiz de Fora (MG). Os julgadores das DRJ’s em todo o
Brasil são responsáveis por se pronunciar sobre os recursos de defesa
dos contribuintes contra os débitos levantados pelos auditores. As DRJ’s
podem ser entendidas como esferas de apelação, ou de defesa do
contribuinte. Os julgadores possuem mandatos de três anos que na maioria
das vezes são renovados.
Em 2016, apenas três auditores em todo o
Brasil não tiveram os mandatos renovados. Além Levindo, as auditoras do
Pará Celene Maria Guimarães e Socorro Campelo também não foram
reconduzidas. “A atitude da administração da Receita Federal em
princípio na maneira como foi construída revela um claro desrespeito
contra as autoridades tributárias, e no caso do coordenador do
movimento, Levindo Jorge, uma inequívoca atitude de retaliação ao nosso
movimento”, destacou Sérgio.
A orientação aos auditores fiscais é que não
executem nenhuma atividade até a próxima quinta-feira, dia 14. Em todas
as unidades, os auditores deverão se reunir com as chefias para
demonstrar a importância e a necessidade de entregar os seus cargos. Com
relação as aduanas, somente as demandas emergenciais serão atendidas
durante os três dias (medicamentos, perecíveis e bagagens). Dessa forma,
o movimento procura não prejudicar os passageiros nos portos e
aeroportos.
(DOL/Pararijos NEWS com informações do Sindifisco)
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