Acordo assinado pelo
ministro Helder e a secretária Fernanda implantará a psicultura em
assentamentos no semiárido nordestino (Foto: Kristofferson Lopes)
O ministro da
Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho, e a secretária executiva do
Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) Maria Fernanda Rocha Coelho,
assinaram, no último sábado, um acordo que vai possibilitar a
implantação da piscicultura nos assentamentos familiares do semiárido
nordestino, na região da Bacia do Rio São Francisco.
Nesta primeira etapa, os projetos
serão voltados para assentados de Pernambuco, de Alagoas, de Sergipe e
da Bahia. Serão atendidos 36 assentamentos, beneficiando diretamente 610
famílias. “Aqui em Pernambuco, além de Santa Maria da Boa Vista, temos
ainda Orocó, Lagoa Grande e Petrolina, em um total de 130 famílias”,
acrescentou Helder.
O ministro destacou que essas
iniciativas vêm ao encontro da determinação do Governo Federal de dar
condições para os assentados produzirem e garantir renda. Helder
acrescentou que uma das iniciativas é o programa voltado para as
mulheres assentadas, que possibilitará o cultivo de organismos vivos em
seu quintal, tornando mais uma possibilidade de renda. “Além de precisar
de grande estrutura (monocultura), pode vir uma praga e colocar toda
produção por água abaixo. Nos assentamentos, vocês não sofrem com isso,
pois produzem diversos alimentos. O peixe veio somar”.
Orçado em aproximadamente R$ 15
milhões, R$ 7 milhões são do Ministério da Pesca e Aquicultura, R$ 6
milhões do BNDES, R$ 1,5 milhão do Incra e R$ 500 mil são a
contrapartida dos estados. O acordo permite ainda acessar o Banco de
Dados da Declaração da Aptidão ao Pronaf.
“Algo muito importante porque,
quem está apto a acessar o crédito, também está apto para acessar
diversas outras políticas públicas”, disse Helder, citando a Assistência
Técnica e Extensão Rural; o Minha Casa Minha Vida Rural; o Plano de
Aquisição de Alimentos; o Plano Nacional de Alimentação Escolar, entre
outros.
O coordenador nacional do MST,
Alexandre Conceição, elogiou a rapidez com que esses projetos foram
tirados do papel. Segundo ele, houve apenas uma reunião com o ministro
Helder. “A segunda foi hoje, nesta assinatura do contrato”, reforçou. Já
o dirigente de Pernambuco do MST, Jaime Amorim, defendeu que a
iniciativa fosse estendida aos 37 assentamentos entre Petrolina e
Petrolândia. “São 62 quilômetros do Rio São Francisco para produzir.
Queremos espalhar. O cultivo de peixe é uma alternativa de produção”,
informou.
(Diário do Pará)
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