Sindicalista Carlos Moraes: falhas na gestão
Criado há três anos, o Ministério da Pesca e Aquicultura tem desde
janeiro deste ano como titular o paraense Helder Barbalho (PMDB),
ex-prefeito de Ananindeua, e na Superintendência da Pesca no Pará, Suane
Castro, ex-assessora de gabinete da deputada federal Simone Morgado
(PMDB). Mas, o resultado não tem sido bom para os pescadores paraenses.
Do total de 235.383 pescadores ativos no Pará, 86.132 estão tiveram o
Registro de Pescador Profissional Artesanal (RGP) cancelado e 16.359
estão suspensos, sendo que 60% do total de prejudicados são mulheres, na
faixa etária de 18 a 50 anos.
O Ministério da Pesca, que tem os dias contatos na reforma
administrativa a ser anunciada pela presidente Dilma Rousseff, também
não ajudou em nada o setor pesqueiro paraense, e apresenta problemas
como falta de suporte físico e de pessoal na Superintendência para
atender a toda a demanda do Estado. Desde que foi criado, o Ministério
deixou de fora do Sistema Nacional de Pesca Artesanal Profissional cerca
de 500 mil pessoas, tudo por causa da falta de reconhecimento de novas
áreas pesqueiras no Pará. As atuais demarcações ainda datam do período
do regime militar (1964 a 1985).
De acordo com Carlos Moraes, o presidente do Sindicato de Pescadores e
Pescadoras Artesanais do Estado do Pará (Sinpesca-PA), que conta com 90
mil pescadores associados em uma rede de sindicatos municipais,
subsedes afiliadas e associações de pescadores, o cancelamento e a
suspensão de direitos dos pescadores começou a partir da publicação da
Portaria Ministerial 3.937, que transfere a responsabilidade anual de
recadastramento ao próprio pescador, o qual tem que se deslocar do seu
município até a Superintendência da Pesca, com sede no Entroncamento, em
Belém.
(Pararijos NEWS)
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