Cleber Ferreira usava as redes sociais para ostentar viagens, relógios caros, joias e carros de luxo (Foto: Divulgação)
Durante uma
operação realizada por policiais civis na madrugada de ontem, foram
presos nove homens e uma mulher supostamente envolvidos em fraudes,
negociatas milionárias, desmatamento e lavagem de dinheiro, movimentando
mais de 300 milhões reais, assim como cerca de 400 mil metros cúbicos
de madeira. As investigações começaram em fevereiro deste ano e os
valores, segundo a polícia, seriam revertidos a projetos de manejo
florestal em áreas de floresta nativa.
Dentre os presos está uma engenheira
florestal que já havia sido presa pelo mesmo crime. Ela foi identificada
como Rosane do Amaral Freitas. Os demais presos são: Rodrigo Beachine
de Andrade, Menandro Souza Freire, Alex Renato Carvalho, André Chacon
Rocha da Costa, Arley Figueiredo Rosas, Cleber Eduardo de Lima Ferreira,
Edmilson Rodrigues da Silva, Wildemar Rosa Fernandes Filho e Gelson
Gomes de Andrade. A maioria é formada por empresários.
Além do envolvimento no crime, um
ponto em comum entre os envolvidos era a ostentação. O empresário Cleber
Ferreira, por exemplo, mantinha o hábito de postar fotos nas redes
sociais mostrando o seu patrimônio. Há imagens dele exibindo relógios
caros, joias, carros de luxo e viagens pelo mundo. Outro envolvido é o
empresário Tarcísio Augusto Pereira, que apareceu em imagens dentro de
um jatinho, sem camisa e tomando uísque. Tarcísio, que é considerado
pela polícia um dos líderes do grupo, está foragido.
Segundo o delegado Marcos Miléo,
do Núcleo de Inteligência Policial e que comandou as investigações, o
trabalho foi realizado em parceria com a Secretaria de Estado de Meio
Ambiente e Sustentabilidade (Semas) em razão de uma inserção fraudulenta
de 121.391.300m³ em créditos florestais na Madeireira Sagrada Família.
Miléo contou que na primeira fase da investigação, foi presa uma
ex-funcionária da Semas, que havia lançado créditos fraudulentos na
pasta da Sagrada Família, no município de Pacajás.
O delegado também afirma que não
tem dúvida de que se trata de uma organização criminosa que compra
empresas, colocando-as em nome de laranjas, a fim de obter um melhor
resultado para seus objetivos criminosos, agindo de modo inescrupuloso,
utilizando-se de recursos fraudulentos, o uso de empresas fantasmas e a
comercialização de créditos florestais em larga escala.
Miléo disse que, de fevereiro até
junho deste ano, foi quando a quadrilha mais atuou. Ele divulgou os
nomes dos presos, que foram apresentados na Delegacia Geral na manhã de
ontem, ouvidos em depoimento e em seguida encaminhados para o Sistema
Penitenciário.
Além da capital, a operação foi
realizada em Castanhal, Uruará, Tucuruí e Itaituba. No total, 60
policiais civis participaram da ação, entre equipes do Grupo de
Pronto-Emprego (GPE), e de Divisões Especializadas. Durante a operação,
duas pistolas calibres 38, um revólver calibre 38 e uma escopeta 12
foram apreendidos em posse de acusados de envolvimento no esquema e,
assim, eles também vão responder por posse ilegal de arma de fogo.
(Pararijos NEWS)
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